segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Pré-edição, edição e fim!

Pois é, estamos mais que atrasados em nossos posts, mas com uma boa razão. Hoje, podemos dizer que o trabalho já está pronto, prontinho! Aliás, entregue! Agora é se preparar pra apresentação. Mas vamos lá então, vamos contar o que aconteceu:

Pré-edição - 25 e 26 de outubro

Nossa pré-edição já acontecia desde a decupagem das fitas, muito antes do dia 25. Como nossa última entrevista com o Felix foi dia 24, corremos para decupar a entrevista e logo começar a montar o espelho. Na casa do Rafa (QG do grupo, afinal) eu, o Vitor e o anfitrião começamos a montar o roteiro. Que cara dar ao documentário? Como encaixar corretamente as falas? Onde entram as imagens? É, não foi um trabalho fácil... começamos às 17 e terminamos às 23:30... "amanhã é só finalizar", pensamos. Ledo engano. O domingo prometia mais...
Dia 26 nos reunimos na casa do André, agora com o grupo todo (excessão do Rafa, que precisou ir pra Caldas) e até da Ana Paula, orientadora. Guerreira, não? Pleno domingão de folga, e ela vai lá orientar os desorientados... então, mãos à obra! E começa aqui, decupa ali, puxa imagem, tira fala, muda de lugar, numera take... quando paramos, era 0:20! Isso mesmo, MEIA-NOITE E VINTE! Todos já saturados de tanto ver o documentário... tia Ana assinou, e já estávamos prontos pra edição.

Martchélo!
Edição: 27 de outubro a 3 de novembro

Nem precisamos dizer que o João é o preferido né. Depois de 3 espelhos urbanos, cheios de detalhes e tudo mais, o João já sabe o que a gente pede. Então nada melhor do que editar com ele. A reserva já foi lá em agosto, pra não correr riscos. Na segunda de manhã, dia 27, estava eu lá, com roteiro nas mãos, olheira nos olhos do dia anterior e idéias pro Jão materializar.
O primeiro dia foi captura de takes. A partir do 2º é que a coisa andou. A cada idéia, uma junção de pensamentos. "João, e se a foto deslizar pra esquerda?". Lá vai o Jão abrir o programinha (esqueci o nome) pra fazer o capricho do Marcão. "Jão, e se fizer um 'click' quando a foto entra?". Corre o Jão a encontrar o maldito click. Mas enfim, a edição caminhou bem. Muito bem, aliás. Na sexta-feira mesmo já estávamos com tudo pronto. Sábado e segunda foram para reparos. Documentário prontinho, Jão e grupo felizes, então vamos correr pra copiar tudo e fazer as artes do CD e capa do DVD, juntamente com impressões, encadernações e custos, muitos custos!

João, o 'cara'

João, nessa cena tem como entrar a imagem da câmera 2?

Cuida dos bebês da tia!

Acabou Jão, comemore com a gente!

Finalização: 14 a 17 de novembro

Dia 14 de novembro foi marcado como o dia da correria. Primeiro tínhamos que imprimir as 4 versões dos relatórios na Puc. Marcus e Rafa correm pro laboratório. Cópia 1, na cota do Ique, em mãos. Cópia 2, na cota do André, também em mãos. Cópia 3, divididas entre Rafa e Vitor, 50% em mãos. Isso mesmo, a cota do Vitor foi "zuada" pelo 'sistema', e precisamos da ajuda do Marcelo Fontana, do LAB. Com ela em mãos, faltava ainda a 4ª cópia. Liga pra um, pra outro, até que a Jaque, irmã do Marcus, cedeu a cota dela. Pronto, estávamos com a 4ª cópia em mãos. Agora corre pra comprar os dvds e ir pra gráfica.
Calor infernal no centro, festa na Puc central, e eu (Marcus) caçando dvds. Encontrei, montei no SuperCelta e corri pra Cyberdoc.
Após ir várias vezes à gráfica, enfim pegamos o material a ser entregue. No final de semana do dia 15 de novembro, corre Marcus e André pra copiar tudo certinho. Computador da Andressa (irmã do André) foi de grande ajuda. Montamos, gravamos, colocamos nos conformes, e dia 17 foi tudo entregue à Puc. Agora é esperar a cópia do relatório em capa dura e preparar a apresentação. É isso aê, Projeto Paparazzi caminhando rumo à conclusão.

Abraços

domingo, 9 de novembro de 2008

Última entrevista: Felix Fassone

E assim terminou a última jornada dos moicanos! Depois de inúmeras entrevistas, tratamento nota zero de muitas das assessorias, eventos dos quais alguns fomos barrados, outros os quais pudemos filmar... depois do RIIIIOO, finalmente terminou nosso último dia de filmagem!
Hoje de manhã (ou madrugada, né Rafa?! haha) saímos daqui da PUC, entramos na marginal mas não contávamos com alguns detalhes: meu carro, placa final 9, não rodava hoje em Sampa das 07:00 às 10:00 e depois das 17. Pelo horário que saímos daqui, chegamos no "Rei da Pamonha", última parada antes das marginais, às 09:30. Mas não teve problema. Paramos, fomos ao Pipi Room e aguardamos dar 09:45.
Então seguimos viagem. Mas aí entra outro detalhe: hoje tombou uma carreta, não entendio no rádio se foi hoje de manhã mesmo ou de madrugada, e por causa do "tombo", levamos um tombo do trânsito! Hoje foi registrado em São Paulo o segundo maior congestionamento do ano...
Mas fomos guerreiros, afinal, não era um congestionamentozinho besta que iria nos derrubar (abre parênteses: Rafa disse que o congestionamento só foi causado devido à oração que fiz para IEMARGINAL, a deusa das marginais, ao chegarmos na capital paulista). Claro que atrasamos, mas até nos perdendo nós acabamos caindo direto na Avenida das Nações Unidas. Ou seja, quanto a se perder, demos muita sorte! Sorte e louvada seja a descrição do mapa, que nao abriu na PUC, feita pelo Marcus. Valeeeu, Marcão!
Chegamos no prédio da Abril com 1h30 de atraso. Mas diante das condições, chegar às 11:30 era sinônimo de estarmos no lucro. Fomos muito bem recebidos no glorioso prédio do império dos Civita. A "pititinha", secretária do señor Fassone, de encantadora simpatia, nos guiou pela pequena-grande redação da Revista Contigo. Gente boníssima, ela! Devemos muito a essa mocinha, porque segundo o próprio señor Fasson, foi ela quem o convenceu a nos dar a entrevista.
Falando no argentino, cara... pessoa de extrema inteligência! Nos tratou muito bem! Nos deu até um presentinho que trouxemos para o Dé (dissemos que um componente do nosso grupo é fã de uma certa princesa do POP) e nos levou para conhecer o pessoal supimpa da arte final da revista. Mas confesso que no final, me bateu um arrependimento de não ter colocado minha camiseta "Pelé és muy mejor que Maradona!", só para sacanear!
Mas enfim... a jornada terminou bem, tirando nosso pequenino atraso que tivemos na volta, por causa do pequenino congestionamento que a pequenina carretinha causou.

Postado por Vitor Albamonte

32ª Mostra Internacional de Cinema - Dá-lhe paparazzi!²

Dia 22 de outubro. Dia interamente chuvoso em Campinas. Já em São Paulo, torcíamos para a situação não ser tão ruim. Afinal, se lá chove, a cidade para, rapidinho. Nesse dia houve a pré-estréia do filme "Romance", com Wagner Moura, o atual queridinho da televisão brasileira. Então tá, vamos lá ver o que os fotógrafos estão fazendo. Eu (Rafael) e Marcus embarcamos para Sâo Paulo, mais precisamente para o Shopping Morumbi, na Marginal Pinheiros. O filme começaria às 21:20, então tínhamos que nos antecipar e muito para chegar à tempo. Saímos de Campinas às 20 horas, já atrasados. No caminho, a preocupação de não conseguirmos. Pois bem, São Paulo, Marginal, ponte do X e shopping. Rapidamente paramos o carro e corremos para o cinema. Shopping enorme este, não? Olhando as placas de sinalização, chegamos ao cinema. De longe não vimos nada. Será que chegamos tarde demais? Leve impressão. Foi nos aproximarmos que vimos o movimento. E bota movimento. Gente para todos os lados, Wagner Moura cercado por 10 jornalistas e 30 fotógrafos. Todos disparando seus flashes. "Marcus, você é mais alto, tenta filmar de cima", disse ao Marcus, passando a filmadora para suas mãos. A cada flash disparado nós corríamos feito crianças para ver o que acontecia. Chega celebridade, flashes nele e nós filmando. Foi bem assim, dinâmico. Wagner então vai em direção à porta do cinema. Mais flashes, mais imagens gravadas. Caco, Guel Arraes, Daniel Dantas, Bruno Barreto e mais outras celebridades fazem o mesmo trajeto. Novamente os flashes e as imagens. Todos entram e ficam alguns gatos pingados lá fora. Eu e o Marcus faziamos parte. Entrar ou não? "Ah não, vamos voltar. Por hoje, já deu", disse o Marcus guardando a filmadora. Adeus São Paulo. Adeus Mostra.

Postado por Rafael Melo

32ª Mostra Internacional de Cinema - Dá-lhe paparazzi!

Já sabíamos da Mostra em São Paulo, mas ainda não tínhamos notícia do sucesso (ou fracasso) do evento. Por isso não havíamos programado nada. Ainda. Olhando alguns sites da internet, decidimos que deveríamos arriscar e correr para São Paulo para ver como estava o "movimento". Era dia 20 de outubro. Câmera auxiliar em punho, embarcamos eu (André) e Henrique, rumo à Avenida Paulista. Marcus, Rafa e André ficaram de apoio. Apoio que ajudou muito. Chegamos na Marginal Tietê umas 19:30 h e entramos no ritmo da cidade. Lento, quase parando. Estávamos indo ver a estréia do filme "Última parada 174". Ou melhor, filmar quem iria ver essa estréia e torcer para haver fotógrafos no local.
Chegamos no shopping "Frei Caneca" umas 20:15 horas, e o início do filme era às 20:30. O local estava lotado de gente. Famosos, diretores, produtores, fãs, curiosos e principalmente, fotógrafos. Distinguir alí quem era paparazzi de quem era fotógrafo contratado era praticamente impossível. Ligamos a câmera a saímos atrás dos flashes. Adriane Galisteu, Dráuzio Varella, Bruno Barreto, Caco Ciocler e tudo mais. Eles andavam e logo alguém pulava em suas frentes com uma câmera. Algumas cenas foram até engraçadas. Pois bem. O filme atrasou uns 15 minutos, o que foi o suficiente para gravarmos mais de 30 minutos de imagens. Agora era voltar para casa e se preparar para o dia seguinte.

Postado por André Benedette

Let's go to Rio, let's go to samba! - 2º dia

O dia 4 de outubro já raiava por todo o Rio de Janeiro. 9 horas da manhã e a equipe já estava se preparando para tomar o café da manhã oferecido pelo hotel. Incrível como por apenas R$ 5,00 é possível tomar um "Senhor café da manhã", não?. Pois bem, às 9:30 horas deixamos o hotel rumo à praia de Ipanema, na zona sul do Rio. No caminho, fotografias do Pão de Açúcar e do calçadão de Copacabana. Paisagem linda, dispensa explicações.
Chegamos na praia, telefonemas para as fontes e para o cinegrafista, e já começamos as gravações. Porém, uma situação extremamente inusitada e benéfica para o grupo aconteceu. Enquanto aguardávamos o cinegrafista montar o equipamento, nos deparamos com o ator Carmo Dalla Vecchia (no ar atualmente na novela "A Favorita") indo fazer sua caminhada diária na praia. Não perdemos tempo e rapidamente o abordamos, solicitando uma rápida entrevista. Carmo aceitou numa boa, e assim que voltasse da caminhada, nos concederia seu depoimento. Melhor que isso, só se aparecesse outra celebridade!
Começamos a gravar com os paparazzi. André Freitas e Gil Rodrigues falaram muito, e muito bem. Já Delson Silva não falou praticamente nada. Entrevistar os paparazzi no Rio de Janeiro nos concedeu uma ampla visão da rotina deles. É caminhada de bicicleta, calor, saber onde tal celebridade mora, que horas sai pra caminhar, o que gosta de fazer. Isso proporcionou um trabalho muito rico para o documentário.
Porém, no meio das gravações, eles empunham suas máquinas fotográficas como se fossem armas, e apontam para uma mesma direção. Era o Carmo voltando. Carmo chegou de modo acanhado, mas logo se enturmou com os fotógrafos. Tínhamos aí um cenário composto por dois lados do nosso documentário: a celebridade e os paparazzi. A conversa que se sucedeu após isso foi tão boa que não imaginávamos presenciar um acontecimento assim, tão inesperado. Carmo deu seu ponto de vista, discutiu, acusou, defendeu... tudo na mesma conversa. Os fotógrafos interagiam com ele, e também davam suas opiniões. Esse com certeza foi a entrevista mais inusitada e bem sucedida realizada pelo projeto.
Fim das gravações em Ipanema, agradecimentos à celebridade e aos fotógrafos, e corremos pra Barra da Tijuca. Quem lê esse post pensa que ficamos na vida boa no Rio, não? Mas é puro pensamento mesmo. Ver o mar azulzinho e não poder nadar foi triste viu... hehehehe... mas enfim chegamos à Barra, atrás do fotógrafo e paparazzo Carlos Zambrotti. Na noite anterior, Carlos foi super gentil ao telefone, e topou na hora conceder a entrevista. Pois bem, chegamos lá e já o encontramos saindo de seu apartamento, que fica de frente para a praia. Ali mesmo, na orla, montamos o equipamento e começamos a gravar. Resumo da entrevista? FANTÁSTICA! O peso da entrevista do Carlos é equivalente à do Marcelo Liso. Carlos é jornalista, sabe muito bem do que fala. Explicou seu ofício, justificou, fez ressalvas e tudo mais. Material riquíssimo para o projeto. Pena que temos somente 20 minutos para incluir tudo. Na volta ainda pretendíamos captar algumas imagens no Cine Odeon, mas o caminho até o hotel, através da Linha Amarela, novamente nos pregou uma peça. Assim que decidimos voltar, a chuva começou a cair e logo o trânsito parou. Resultado: chegamos no hotel em cima da hora, despreparados para ir até o evento. Ficamos então na esperança de haver algo em São Paulo para podermos captar tais imagens.
No domingo justificamos nossos votos e voltamos para a casa. Na bagagem, lembranças, boas experiências, imagens magníficas para o documentário e a promessa de um retorno.

Abraços

Postado por Henrique Fornari

Henrique e Vitor: Comer, comer, para poder crescer!

Debate! Daniel, Vitor, Ernesto (com a câmera), Carmo, André Freitas, Gil e Delson. Que conversa hein!

André, Henrique, Carlos, Vitor e Ernesto. Praia da Barra!

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Let's go to Rio, let's go to samba! - 1º dia

Post um pouco atrasado, mas cheio de boas intenções. A começar pelo relato da nossa viagem pro Rio de Janeiro. Sim, sim, o grupo Paparazzi desembarcou na cidade maravilhosa em final de semana de eleições para uma missão um tanto quanto ousada: entrevistar paparazzi, celebridades, fotógrafos e editores. Haja disposição!
Pois bem, então André, Henrique, eu e Vitão rumamos na madrugada de 3 de outubro pro estado vizinho. Rafa ficou de apoio do grupo aqui em Campinas, já que tinha alguns compromissos importantes. Ás 2 horas da manhã, o primeiro passo foi dado. Grupo reunido na casa do Vitão, carro abastecido, malas no porta-malas e vontade na cabeça! Não tinha como escapar, agora era ir pro Rio.
Com o Ique no volante, logo no começo atravessamos a Anhanguera em direção à Dom Pedro, onde chegamos com tranquilidade. Uma parada na beira da estrada, café, pães de queijo e chocolatinhos pra viagem, e lá já estávamos nós de volta na estrada. Agora era eu quem pilotava o grandioso Pálio em direção ao Rio. Como toda grande viagem, essa não podia ter um fato marcante. Assim que saímos da Dom Pedro e entramos na Dutra, demos de cara com um acidente, que causou um congestionamento colossal. Resultado: 1 hora PARADOS na estrada, diante de caminhões e carros. Lá pelas 5 da manhã o trânsito começou a andar, e nós continuamos. Uma troca de motoristas, e Vitão assumiu a bronca de nos guiar. Ao longo da estrada, catedral da Aparecida do Norte, universidades, montanhas que se encaixavam no horizonte e o sol despontando atrás delas.
Outra parada, outro café, mais pães de queijo e Ique assumiu o volante. Andamos um pouco e encontramos a placa que gerou furor no grupo: BEM VINDO AO RIO DE JANEIRO. Porém tínhamos uma missão, chegar a tempo da primeira entrevista, que seria às 10 da manhã. Fomos seguindo tranquilamente, até chegarmos em Nova Iguaçu. Reabastecemos o veículo e rumamos pra linha amarela, passando pela avenida Brasil.
No Rio uma coisa chamou a atenção: O TRÂNSITO É CAÓTICO! Pessoas dirigem loucamente, péssima sinalização, buzinas e mais buzinas. Porém o carioca se mostrou bem receptivo. Vendo que estávamos um pouco perdidos, um caminhoneiro se dispôs a nos guiar para a Linha Amarela. E lá chegamos nós, com várias histórias, fazendo fotos de tudo, desde o estádio João Havelange até a Arena Multiuso. Um calor muito forte, mas érmos resistentes. Um novo acidente na Linha Amarela nos atrasou completamente. Ligamos para a Cláudia, nossa entrevistada, e avisamos que iríamos atrasar. O cinegrafista, Ernesto, já estava no local, nos aguardando. Ou seja, tínhamos tudo para dar certo. Andando mais um pouco, caímos na bela Barra da Tijuca. Aquela praia linda, naquele calor, quase nos fez perder o foco da viagem. O Rio de Janeiro hipnotiza!
Chegamos no Downtown 11:30 da manhã (o combinado era 10 horas!), encontramos o cinegrafista e entramos na redação do Globo.com. Lá conhecemos Cláudia Croitor, uma editora com cara de menina. Cláudia é uma paulistana com um sotaque bem característico (só faltou o "meu"!), mas muito inteligente e bem humorada. Não preciso nem dizer que a entrevista foi produtiva. Muito, por sinal.
Em seguida entrevistamos Marcos Serra Lima, fotógrafo do Ego. Marcos já foi paparazzi, mas hoje realiza mais fotos dos artistas para o site. Claro que quando rola aquele flagra, ele não perde a chance. Seu blog, Dois Cliques, foi o que nos fez elegê-lo como fonte. Sua entrevista foi cheia de detalhes, comentários importantes e respostas bem criativas. Marcos sabe mesmo o que faz. Saímos de lá e almoçamos no shopping mesmo. Comida boa para 5 esfomeados que estavam rodando desde às 2 da manhã, mais o cinegrafista Ernesto e seu filho/assistente Daniel, que já ficaram amigos do grupo em poucos minutos.
Saímos do shopping e fomos em direção ao albergue que ficaríamos, em Botafogo. Ao chegar, uma extrema decepção: o lugar era horrível, extremamente diferente do que vimos na internet. Pela pouca segurança, informações desencontradas e insegurança do grupo, decidimos ir para um hotel. O eleito foi o Formule 1. Lá sim, nos sentimos mais seguros e amparados. Pouco mais das 19 horas, decidimos conhecer o boêmio bairro da Lapa, logo ao lado do hotel.
A rua do Lavradio mostrou ser um antro de cultura popular carioca. Músicas ao vivo, bares com mesas na rua e muitas pessoas bonitas. Terminamos nossa noite alí, com a certeza de que o Rio de Janeiro nos apresentaria muito mais do que esperávamos. Mas ainda tínhamos a missão: no sábado entrevistaríamos alguns paparazzi na praia de Ipanema.

Casa do Vitor, 2 da manhã...

Pré-Dutra

In-Dutra

Pós-Dutra

Alegria!

Yellow Line e João Havelange

Barra da Tijuca

Cláudia, Marcus, Henrique, André, Marcos e Vitor - @ Globo.com/Ego

Continua no próximo post...

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Musa inspiradora


Para os poetas e escritores portugueses, as Tágides eram as ninfas do Rio Tejo que inspiravam os nobres boêmios a escreverem. Já para os vikings, as Valquírias eram tidas como musas inspiradoras de coragem e beleza. O grupo Paparazzi não é por menos. Temos Ana Paula Oliveira.
Para quem não sabe, Ana Paula é jornalista, formada lá em São Paulo, mas que resolveu se aventurar aqui no interior. Dando aulas na Puc desde 2003, Ana topou um desafio tremendo em 2008: orientar 5 marmanjos a correrem atrás dos paparazzi e transformar isso em um trabalho de conclusão de curso. Mas a história com a Ana vem desde 2005.
Lá, quando estávamos no 1º ano da faculdade, e como dizia o Rafa, "acreditando que os banheiros eram limpinhos", Ana já nos inspirou a pensar no TCC. Logo de cara, em uma conversa totalmente informal, ela nos disse para pensar no que gostaríamos de explorar, e se seria um tema legal. Desde então usamos isso como lema, ao longo dos quatro anos. No 3º, em 2007, voltamos a nos encontrar, nas aulas de Jornalismo Aplicado. Dentre pautas, matérias e edições do Espelho Urbano, pudemos conhecê-la melhor, e ter a certeza que tínhamos aula com uma das pessoas mais capacitadas que conhecíamos.
Foi então que no início de 2008 nos topamos na praça de alimentação, e novamente em uma conversa totalmente informal, discutimos brevemente o tema, o qual lhe agradou muito. O curioso é que nas reuniões do grupo, onde discutíamos sobre nosso trabalho, sempre surgia o comentário "O que será que a Ana Paula diria sobre isso?". Pois bem, pedido feito, pedido aceito. Recebemos a grande notícia de que teríamos nós mesmos nossa musa inspiradora. É ela, que desde sempre já estava envolvida na "brincadeira". Podemos dizer que a Ana é doidinha de pedra? Talvez, mas não teria a menor graça se não fosse. Que é competente, inteligente e muitas vezes dá conselhos de ouro pro grupo? Claro, isso é um fato, e repetí-lo vira puxasaquismo. Pois bem, digamos uma única coisa:
ANA, OBRIGADO POR TOPAR ORIENTAR NOSSO GRUPO DE "DESORIENTADOS". SE SOMOS SEUS BEBÊS, COM CERTEZA VOCÊ É A NOSSA TIA MAIS QUERIDA!

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Novo filme de Guel Arraes tem pré-estréia na Mostra de SP

'Romance' é protagonizado por Wagner Moura e Letícia Sabatella.
Longa será exibido entre os dias 22 e 25 de outubro na Mostra

“Romance”, novo filme do diretor Guel Arraes, é um dos destaques da produção nacional desta primeira semana da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que teve início na sexta-feira (17).

O filme, protagonizado por Wagner Moura e Letícia Sabatella, conta a história de um casal de atores que se apaixona enquanto trabalha na encenação de “Tristão e Isolda”. E se vê com problemas diante da rotina exaustiva e também do sucesso dela, que ganha fama ao fazer televisão.

Os bastidores do espetáculo teatral e da TV também serviram de inspiração para o cineasta. “[O filme] fala de arte, fala de indústria, mas o tema principal é o amor. Eles falam o tempo todo da história do amor. Eles estão discutindo em cena, a montagem de uma história de amor, e estão vivendo uma história de amor.”

O longa, que conta ainda com Andréa Beltrão, Vladimir Brichta, Pedro Cardoso, José Wilker e Marco Nanini no elenco, tem estréia prevista para o dia 14 de novembro. Antes disso, será exibido entre os dias 22 e 25 de outubro na Mostra.

Arraes, que assinou “O auto da compadecida” e “Lisbela e o prisioneiro”, entre outros, acredita que os espectadores vão se surpreender com “Romance”. “Eu acho ele bem diferente. É um filme mais adulto, de temática mais madura. Os outros que eu fiz não eram especificamente infantis, mas eram para a família toda”, afirma.

A temática mais madura citada pelo cineasta inclui sua primeira cena de nu em um filme. Para o ator, a filmagem de uma seqüência de nudez ou sexo pode ser tão complicada quanto gravar uma batalha épica com 30 mil figurantes. "Eu nunca tinha feito nem nu, nem nu parcial, nem sexo", contou Guel Arraes ao G1. "Para mim, existem dois tipos de cena dificílimas de fazer: as de sexo e as de batalhas."

Wagner Moura e Letícia Sabatella em cena de ''Romance'' (Foto: Divulgação)

O tema volta à discussão dias depois de o ator Pedro Cardoso ter feito um discurso contrário a cenas de nu no cinema brasileiro, durante o Festival do Rio. O diretor evitou fazer polêmica sobre as declarações do ator. “Concordo em parte, [mas] acho que ele exagera um pouco. Às vezes você pode ficar com uma sensação de que toda cena de nu é feia. Pode ser extremamente bonita. Não pode ficar essa sensação de pudor.”

Apesar de discordar de alguns pontos, Guel Arraes concorda, no entanto, que o sexo pode estar sendo banalizado no cinema. “Muitas vezes se coloca o nu para esconder a falta de idéias. Quando o nu tem que ter uma idéia ao quadrado”, diz ele. “Ao fazer uma cena de sexo ou nudez, você tem a obrigação de fazer alguma coisa que não seja um clichê.”

“Você pode fazer uma cena de caminhada na rua meio banalmente. Mas quando você expõe um ator e uma atriz, você tem que, no mínimo, dar uma dignidade para aquilo. Porque a gente sabe que a nudez na nossa sociedade tem um significado especial”, diz o diretor. “Tem muita cena ‘matada’, mal feita, mal aplicada, mal encaixada, mal escrita, mal montada - e isso com o nu se torna pior”, critica.

Para o diretor, fazer uma cena de nu “não é igual fazer uma cena de um casal comendo num restaurante”. “Você tem que passar alguma mensagem”, afirma.

Nervoso

Filmar sua primeira cena de sexo tirou o sono do cineasta. “Quebrei muito a cabeça para fazer essa cena. Mexi no roteiro várias vezes”, conta Guel Arraes.

“Fiquei muito nervoso quando fui gravar. Para mim não foi uma cena normal em um dia normal. Foi como se eu estivesse filmando uma cena de batalha com 30 mil figurantes”, diz o diretor. “Uma cena de sexo tem que ter uma idéia muito boa, tem que estar bem realizada. Você não vai gastar R$ 30 milhões para fazer uma batalha ruim. Tem que fazer uma batalha que tenha um sentido, que dê um frisson de aventura incrível”, compara.

Arraes explica que a cena se fazia necessária para mostrar a intensidade do relacionamento dos protagonistas e para fazer uma comparação entre o amor romântico e o amor verdadeiro. “[A cena] contrapõe o amor romântico e idealizado, quase assexuado, da Idade Média [visível na peça que a dupla encena ao se conhecer] com o amor contemporâneo que assimilou o sexo como uma prova de amor, como coisa de cotidiano”, explica o cineasta. “Tristão e Isolda falam em versos e têm um amor espiritual. Pedro e Ana conversam e têm um amor de verdade”, afirma.

Entre os objetivos da obra, que segundo ele, é seu trabalho mais “pessoal”, estava mostrar o que é o amor “de verdade”. “As pessoas perseguem um amor romantizado, idealizado, do cinema. Porque depois que os amantes se beijam, você não os vê tomando café no quinto ano de casamento”, diz Arraes.

Fonte: G1
Link: http://g1.globo.com/Noticias/Cinema/0,,MUL801988-7086,00-NOVO+FILME+DE+GUEL+ARRAES+TEM+PREESTREIA+NA+MOSTRA+DE+SP.html

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

6ª entrevista: João Bittar

A 6ª entrevista pode ser considerada uma das mais produtivas do projeto, até o momento. No dia 1º de outubro fomos até São Paulo, mais precisamente na Gazeta Mercantil, para entrevistar o editor de fotografia João Bittar. A idéia de entrevistá-lo surgiu de uma forma esporádica: durante a entrevista do Marcelo Liso, nos deparamos com um texto chamado "Celebrando as celebridades", do João. Ficamos instigados com a forma como ele redigiu o texto, e decidimos entrevistá-lo. Fazer contato com ele foi o mais difícil, mas uma vez feito, conseguimos marcar a entrevista.
Então no dia 1º, plena 4ª feira à tarde, embarcamos rumo à São Paulo. No carro, eu (Marcus), Rafael e o cinegrafiscta Francisco.
A entrevista estava marcada para as 15 horas, mas como já é rotina, nos perdemos em São Paulo e chegamos às 17 horas no local. Aguardamos alguns minutos até que o João apareceu. O João foi um dos caras mais cultos que eu posso dizer que já conheci. Ele fala e argumenta todas as idéias que expõe. Justificou por "A+B" que o paparazzismo é jornalismo. Nos concedeu um material riquíssimo e com certeza ajudou muito.

Francisco, Marcus e João Bittar, na fumegante redação da Gazeta Mercantil

5ª entrevista: Marcos Riboli

O 5º entrevistado do projeto foi o paparazzo Marcos Riboli. Ele foi até a Puc nos conceder a entrevista no dia 27 de setembro e nos forneceu muitos dados peculiares. Acanhado no início, o Marcos só foi começar a falar mesmo depois que ficou mais à vontade com a câmera. E falou bastante coisas interessantes, principalmente sobre as dificuldades que passa em sua rotina. A gravação foi feita às 9 horas da manhã, no estúdio do Labis. Contamos com a presença do Emiliano, cinegrafista "não-oficial" do grupo e do estagiário Thiago Rovêdo. Fotos? Não teve como, estávamos bem limitados e com tempo corrido. Mas foi uma entrevista produtiva.
Abaixo uma foto dele, que está na internet. Obrigado, Marcos!


terça-feira, 14 de outubro de 2008

4ª entrevista: Bruno Gagliasso


Isso mesmo, nossa 4ª entrevista foi o ator Bruno Gagliasso. Dia 19 de setembro aparecemos no Teatro Tim, em Campinas, para entrevistar esse ator que constantemente é perseguido pelos paparazzi. No final de semana anterior fomos ver sua peça chamada "Um certo Van Gogh". Eis que estávamos com duas missões: gravar uma entrevista com todo o elenco para falar da peça no Espelho Urbano e também abordar o assunto do nosso documentário com o Bruno, a fim de saber sua opinião sobre essa profissão.
A entrevista com o elenco foi feita no palco da peça mesmo, com todos exceto Bruno (que estava gravando a novela "Ciranda de Pedra" no Rio de Janeiro). Em uma conversa totalmente descontraída, Pedro Garcia Netto, Marcelo Valle e Larissa Bracher concederam uma ótima entrevista, riquiíssima em detalhes. Daniel Abdala e companhia que saibam fazer bom proveito desse material.
Minutos antes da peça começar encontramos o Bruno atrás do palco. Em uma entrevista extremamente rápida (5 minutos) ele nos falou sobre a peça e sobre como o assédio da mídia interfere (e atrapalha) sua vida. Pronto, tínhamos ali o material necessário para o nosso trabalho. Voltamos contentes em conseguir entrevistá-lo e prontos pra gravar mais.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Casamento - Sandy e Lucas Lima


No começo da noite de 12 de setembro nós não tínhamos nada. Nem a absoluta certeza de que a festa do casamento dela seria realmente naquela dia (tivemos um desencontro de informações, que graças à Deus foi contornado!). E no começo da noite, o que nos fez sair de casa, “dar a cara à tapa” e tentar alguma coisa foi justamente isso. O que teríamos a perder? Então concluímos... nada! A ganhar, pelo menos a experiência. E, claro, takes inusitados da Câmera 2 superpotente.
Acabamos batendo o martelo de que iríamos “em busca do casamento quase perdido” meio tarde. Acho que por causa do tal medo do desperdício mesmo. Mas nada é desperdício, desde que se aproveite cada minuto... e foi o que fizemos!
Desde as corridas desesperadas pela cidade, encontrando um por um para chegarmos ao condomínio, até o momento da chegada, foi aquela pura tensão. E as ligações com as informações que precisávamos? Quase fomos para o condomínio errado... Mas fizemos o caminho certo. Começamos as filmagens já no caminho, mostrando que até a mais simples pauta pode ter alterações. Tínhamos um endereço em mente, mas ficamos sabendo no caminho que o endereço do casamento era outro.
Nosso destino, um bairro nobre de Campinas, estava mais nobre do que nunca. Mesmo que só por uma noite, e mesmo que ninguém tenha acessado tanta nobreza. O acompanhamento da festa de Sandy e Lucas Lima foi restringido à portaria do condomínio, onde boa parte da imprensa paulista se encontrou (ou melhor, se reencontrou, devido ao fato de as mesmas pessoas sempre se encontrarem em eventos nos quais se reúnem celebridades) e fez plantão pelas fotos desde as 14 horas do dia da festa até a manhã do dia seguinte. O que conseguiram? Fotos dos convidados entrando em seus carrões, além de frases como “não posso mostrar o convite”, “sim, ela está feliz” ou até mesmo “jura que não vai poder entrar com o celular?”. E lá estávamos nós. Três meros estudantes de jornalismo que, ao contrário do que parecia, não eram fãs, não estavam atrás de famosos, não queriam apreciar o movimento... estavam atrás de quem corre atrás dos famosos!

Logo que descemos do carro, o interessante foi observar a quantidade de carros demarcados como veículos de imprensa. Jornais impressos de Campinas e de São Paulo, canais de televisão da Capital, sites da internet, revistas de celebridade... era algo que nunca tínhamos visto pela cidade. Sabíamos que isso era comum em São Paulo e no Rio, mas para Campinas ainda era algo estranho. E naqueles carros, pessoas conversando, dormindo nos bancos abaixados, comendo e bebendo alguma coisa... eram os que estavam cansando. Pouco a pouco víamos aqueles “guerreiros” desistindo, e ao irem embora, encontramos até companheiros de faculdade!
Quando estávamos na porta do condomínio, não fomos parados por ninguém. Em meio à fotógrafos e fãs enlouquecidos, era meio óbvio que seríamos caracterizados como fãs. Eram três jovens, com uma câmera na mão, e... peraí, câmera? Isso! Câmera! A partir do momento em que ligamos a câmera e que, aos poucos, foram reparando que nosso foco não era os noivos, nem convidados, fomos notados.

Fizemos imagens dos carros na entrada, das pessoas, da movimentação dos fotógrafos e, sem nenhuma intenção além de simplesmente buscar takes para nosso making of, filmamos uma roda formada pelos colegas da imprensa paulistana. Como disse anteriormente, são pessoas que sempre se encontram em eventos nas capitais paulista e carioca, e, por isso, são amigos. Falam de tudo... e de todos. Nas palavras de uma jornalista presente, “não que falamos mal, mas falamos coisas entre nós que não gostamos que fossem ouvidas por ninguém”. É claro que não sabíamos disso, até porque nossa intenção não era prejudicar ninguém, mas quando se juntaram para conversar e nós ligamos a câmera (ainda despercebidos), capturamos imagens de uma conversa onde os colegas da imprensa “homenageavam” atores, atrizes, outros colegas de trabalho...
Quando terminamos o take, fomos “gentilmente” perguntados sobre quem éramos e o que estávamos fazendo ali. De repente, os “fãs” que nem fãs eram tornaram-se uma ameaça. Após dizermos que estávamos produzindo um documentário, pediram para ver nossas imagens. Aí foi o primeiro erro: mostrar. Claro, nós tínhamos a ingenuidade e a inexperiência em situações como essa e não tínhamos nada a temer. Mostramos.
“Aaah, Fulana de Tal, dá aqui uma olhada! Dá pra ver a gente falando mal do Sicrano!”. Nesse momento, pediram, mais uma vez “gentilmente”, para que apagássemos o take. Porém, a mídia utilizada na câmera não deixava a possibilidade de apagar o conteúdo. Éramos 3, contra um batalhão de aproximadamente 30 jornalistas e com uma câmera que não era nossa. Não adiantava trapacear, estavam de olho. Já não éramos mais os “fãs inocentes”. Mas ainda éramos inocentes a ponto de deixar transparecer a honestidade. Ou éramos honestos, ou saíamos com prejuízos maiores do que uma câmera de 2.000 reais.

Mostramos então que não podíamos apagar o take. Em meio à cara de espanto de uma jornalista, aquela mesma que avisou a Fulana de Tal que o Sicrano, a jornalista enfurecida usou da sua “gentileza” pela última vez... “Então me dá o CD”...
Mas como?! E o nosso material que já havia sido gravado? Pensamos, conversamos, e o melhor a fazer era quebrar o CD. Já que não podíamos ter o material, então eles também não poderiam. Quebramos, cortei meu dedo, mas ainda assim foi dos males o menor. Não criamos inimizades, não houve conflito, e ainda tínhamos uma mídia virgem para substituir o pobre Mini DVD que havia sido despedaçado.
Fomos reconhecidos pela honestidade. Perdemos o material sim, mas após aquilo ainda continuamos a gravar com a outra mídia. Pegamos takes deles conversando (desta vez, nada de elogios aos colegas de imprensa e aos famosos que não estavam presente), de carros (carros comuns, não de celebridades), entrando e saindo do local...
Ficamos lá até 2 e meia da manhã. De lá fomos para o carro, onde gravamos com a sobrevivente Câmera 2 um “balanço”, em forma de depoimento, dizendo os prós e contras da noite.
O que podemos tirar de conclusão disso? Há uma frase que pode ser utilizada como “lição de moral” desta noite. Pimenta, ou melhor...flash nos olhos dos outros é refresco!

Postado por: Vitor

Bruno Gagliasso vai às compras no Rio

30/09/08 - 16h48 - Atualizado em 30/09/08 - 17h18

Ator foi fotografado no shopping Fashion Mall

Do EGO, em São Paulo


Wallace Barbosa/AgNews

O ator Bruno Gagliasso dispensou a praia carioca nesta terça-feira, 30, meio fria e aproveitou a tarde para ir ao shopping, acompanhado de um amigo, em São Conrado, no Rio. Ele foi flagrado numa loja do Fashion Mall e depois foi visto almoçando. Será que as sacolinhas têm dona?


Fonte: Ego

Link: http://ego.globo.com/Gente/Noticias/0,,MUL779727-9798,00-BRUNO+GAGLIASSO+VAI+AS+COMPRAS+NO+RIO.html

Carmo Dalla Vecchia mantém a forma nas areias do Leblon

04/10/08 - 13h17 - Atualizado em 04/10/08 - 13h18

Ator de 'A favorita' aproveita a manhã de sábado para se exercitar

Do EGO, no Rio

André Freitas /Ag. News

Figura fácil nas areias do Leblon, Carmo Dalla Vecchia foi fotografado mais uma vez enquanto fazia seus exercícios. O ator, que vive o fotógrafo Zé Bob na novela das 20h, correu na areia fofa e depois deixou a praia sem entrar no mar.

Fonte: Ego

Link: http://ego.globo.com/Gente/Noticias/0,,MUL785081-9798,00-CARMO+DALLA+VECCHIA+MANTEM+A+FORMA+NAS+AREIAS+DO+LEBLON.html

domingo, 12 de outubro de 2008

Tom Cruise ajuda paparazzo a levantar após tombo

Tom Cruise mostrou toda sua educação ao parar para ajudar um fotógrafo que levou um tombo ao seu lado, na noite do dia 05 de outubro, em um restaurante de West Village, Nova York.

O ator ficou preocupado com o paparazzi que registrava sua chegada ao local.

Tom Cruise estava acompanhado da mulher, Katie Holmes. Eles estão na cidade por causa da peça da atriz, All My Sons, em cartaz na Broadway.


Fonte: Terra

Ator Gerard Butler é acusado de agredir fotógrafo

Segundo fotógrafo, ator teria lhe dado vários socos no rosto em uma briga.Advogado do astro de '300' não foi encontrado para comentar o assunto.


Ator Gerard Butler, que estrelou o filme "300", está sendo investigado por um suposto ataque a um fotógrafo, afirma uma porta-voz da polícia de Los Angeles na quarta-feira (8).
No último de uma série de episódios entre celebridades e paparazzi em Los Angeles, um fotógrafo registrou queixa acusando Butler, de 38 anos, de ter lhe dado vários socos no rosto em uma briga na manhã de terça-feira (7), disse a porta-voz da polícia de Los Angeles Ana Aguirre.
Investigadores planejam entrar em contato com Butler sobre a queixa, que acusa o ator escocês de agressão, disse Aguirre.
O advogado de Butler não foi encontrado para comentar o assunto.
O site de celebridades TMZ.com informou que o fotógrafo, que não teve seu nome revelado, estava seguindo Butler em seu carro depois que o ator deixou um bar em Los Angeles.
O fotógrafo disse que Butler saiu de seu do carro depois e o socou três ou quatro vezes, o que lhe rendeu um ferimento no lábio que precisou de pontos.
No mês passado, o rapper Kanye West foi preso depois de uma confusão com fotógrafos no aeroporto de Los Angeles, mas não foi processado criminalmente.
Os atores Keanu Reeves e Pierce Brosnan também já foram acusados de atacar fotógrafos nos últimos dois anos, mas também não foram processados.
Fonte : G1

terça-feira, 7 de outubro de 2008

3ª entrevista: Marcelo Liso

Estamos um pouco atrasados com as postagens sobre as entrevistas, mas vamos lá:
No dia 16 de setembro entrevistamos o fotógrafo e paparazzo Marcelo Liso em sua própria agência, a AFB Press. De cara a entrevista com o Marcelo já prometia ser produtiva, pois já havíamos conversado com ele alguns dias antes e muita coisa boa havia sido dita. O Marcelo nos recebeu super bem em um dia nublado típico de São Paulo, e lá fomos nós conversar. Com o Emiliano no comando da câmera ficamos mais à vontade para falar, sem contar que o "cenário" que ele montou ficou show de bola.
Durante a conversa o Marcelo revelou muita coisa importante, falou de situações constrangedoras por quais passou e principalmente, deu seu ponto de vista sobre o próprio trabalho. Foram 25 minutos de entrevista, que embora poucos, muito ricos em informações.
Não conseguimos entrevistar sua esposa, Fernanda Bellotto, e fomos em direção à Editora Globo para poder entrevistar a editora Cyntia Almeida. Porém com o trânsito de São Paulo, nosso pouco conhecimento sobre as ruas e a falta de tempo, não conseguimos chegar na editora e tivemos que remarcar a entrevista. Mas o importante foi que esse dia foi muito produtivo e mais uma fonte de peso foi adicionada ao nosso documentário.

Abraços.

Marcus, Marcelo e Emiliano, antes de começar a gravar

Marcelo, Emiliano e Vitor

terça-feira, 16 de setembro de 2008

2ª entrevista - Carlos Alberto Di Franco

A segunda entrevista que realizamos agora foi com o professor Carlos Alberto Di Franco. Chegamos na Universidade Master em Jornalismo por volta das 14 horas, e em meio à quedas de energia, conversas e redecoração da sala, o professor Carlos chegou. A entrevista foi simplesmente fantástica! Carlos é professor de ética, então pode discorrer muito sobre esse assunto no jornalismo e, principalmente, discutir o trabalho dos paparazzi.
Não tiramos fotos com ele pois esquecemos a câmera, mas que foi uma entrevista muito produtiva, isso foi.
Agora é rumar para o Marcelo Liso, nosso principal personagem.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Kanye West é preso no aeroporto de Los Angeles

A polícia prendeu o músico Kanye West no aeroporto internacional de Los Angeles por suspeita de vandalismo depois de uma discussão com um fotógrafo. Paparazzi costumam fazer plantão no local em busca de imagens de celebridades.

Um porta-voz do aeroporto disse que a polícia prendeu também um guarda-costas do músico. O incidente aconteceu às 8h (meio-dia de Brasília) desta quinta-feira.

Uma das maiores estrelas do rap norte-americano, Kanye West tem show marcado no Brasil --dia 22 ele toca em SP e, dia 24, no Rio.

Após a discussão, West teria quebrado uma câmera de mais de US$ 10 mil, de acordo com o porta-voz.

A assessoria de West ainda não se manifestou sobre o caso.

Fonte : Folha On-Line

Link: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u443898.shtml

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Nova agência

Pessoal, descobri uma nova agência de fotografia. Não sei ao certo se eles fazem também fotos no estilo paparazzi, mas pelos clientes que atendem, já dá para se ter uma idéia. Olhem aí o site oficial:

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Paparazzi fazem operação de guerra para casamento de Juliana Paes

Fotógrafos preparam esquema para seguir atriz e entrar na festa
Kit-sobrevivência tem comida, água, capa de chuva e repelente


O casamento de Juliana Paes está marcado para as 19h desta terça-feira (9), mas desde as 7h já tem gente trabalhando em função do evento. São fotógrafos de agências de notícias e jornais que montaram uma verdadeira operação de guerra em busca de um ângulo exclusivo do dia D da atriz.

Oficialmente, a assessoria de imprensa da noiva avisa que a imprensa não foi convidada e só terá fotos disponíveis no dia seguinte, a partir de um profissional contratado pela própria. A festa acontece no Itanhangá Golf Club, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.

Operação começou há 10 dias

“Há dez dias começamos o reconhecimento do local. Temos uma pessoa desde as 7h na cola dela e, à noite, vamos ter um operador no computador para transmitir as fotos online, três fotógrafos posicionados e outro que terá a missão de tentar entrar na festa”, conta o editor de uma agência de notícias, que pediu para não se identificar para não ter seus planos de trabalho frustrados.

Em clima de força-tarefa, ao todo a agência vai disponibilizar 25% de seu pessoal para tentar atender com fotos exclusivas os cerca de 100 clientes da sua carteira de clientes.

Para horas contínuas de plantão para conseguir o melhor ângulo, eles contam com um kit-sobrevivência. “Normalmente tem comida, água, capa de chuva e até repelente”, completa o editor.

No que depender da equipe Juliana, no entanto, tanto trabalho será em vão. “Não vai ter imprensa no casamento. Temos um fotógrafo oficial que fará as fotos e vamos enviar para jornais, revistas e sites no dia seguinte”, garante o empresário e assessor de imprensa da atriz.

Fonte : G1
Link: http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0,,MUL753409-5606,00-PAPARAZZI+FAZEM+OPERACAO+DE+GUERRA+PARA+CASAMENTO+DE+JULIANA+PAES.html

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

1ª entrevistada - Fábia Dejavite

Pessoal,

Agora vou contar como foi nossa primeira entrevista. Saímos de Campinas às 8:30 da manhã, e chegamos na Universidade Anhembi-Morumbi às 11 horas! Sim, a Marginal Tietê nos castigou de novo, sem contar que quase fomos parar em São Caetano, mas isso fica para a próxima.
Na Universidade entrevistamos a Fábia Dejavite, a jornalista especializada no "Infotenimento". Ela foi muito legal em nos esperar e respondeu as perguntas numa boa. As respostas foram ótimas, embora o tempo total de gravação tenha dado apenas 11 minutos. Abaixo estão algumas fotos da entrevista. Agora, a próxima etapa é entrevistar o Marcelo.

Fábia, Marcus e Emiliano, na biblioteca da Universidade Anhembi-Morumbi


Rafael, Emiliano, Marcus e Fábia

Thiago (estagiário do grupo), Rafael, Fábia e Marcus

A saga

Pessoal,

Para ajudar na composição do diário de bordo, vou relatar aqui no blog a nossa primeira empreitada na busca de fontes. Ontem (26/08) fomos até São Paulo fazer uma visita à dois lugares: a agência AFB Press, e a Universidade Anhembi-Morumbi.
Somente para contextualizar, o Marcelo Liso, nosso personagem principal do documentário, é o dono da agência, então ninguém melhor do que ele para falar sobre isso. De cara ele já nos recebeu com um ar totalmente descontraído, o que permitiu que nós conversássemos de modo totalmente informal. Com certeza ele será um grande "trunfo" do nosso projeto, uma vez que se declara paparazzi de peito aberto, e se dispôs a nos ajudar de todas as formas, o que já ajudará muito. A esposa dele, Fernanda, também foi super receptiva, e topou gravar a entrevista com a gente na boa. Ou seja, esse casal será nosso ponto fortíssimo na elaboração do projeto. Próximos contatos serão feitos com eles, e o projeto avançará mais.
Em seguida fomos até a Universidade Anhembi-Morumbi. Vale lembrar que penamos o tempo de 3 horas (isso mesmo!) para conseguir chegar na Universidade, incluindo fatores como trânsito, ausência de placas sinalizando as ruas e total desconhecimento de como se andar em São Paulo. Mas no final, chegamos, conhecemos e escolhemos o local de gravação.
Voltamos para a casa nos preparando para o dia seguinte.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

É dada a largada!

Pois é pessoal, agora é pra valer! Amanhã, ou melhor hoje, 26/08, faremos nosso primeiro contato pessoal. A visita na agência AFB Press é o primeiro passo para a apuração de material de gravação. Falaremos com ninguém menos que Marcelo Liso, um dos paparazzi mais populares do Brasil, que já se dispôs a gravar a entrevista para a gente. Faremos uma "pré-entrevista" para conhecer a rotina do cara e mais sobre a profissão. Depois a grande meta é voltar e gravar a entrevista com ele, que eu sinto que será surpreendente. De quebra ainda visitaremos a Universidade Anhembi-Morumbi, onde na 4ª feira gravaremos com a Fábia Dejavite, que explicará melhor o "Infotenimento". Ansiosos? Eu não vejo a hora!
Grande abraço a todos, e que esse projeto seja um sucesso!

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Entrevista de Reynaldo Gianecchini para o Estadão

Pessoal, segue um trecho de uma entrevista que o ator Reynaldo Gianecchini deu para o Estadão em 2007.

E de perseguição de fotógrafo?

Olha, esta cultura de paparazzi é gravíssima aqui no Rio. Outro dia estava vendo uma notinha sobre um colega: ‘Ele saiu do restaurante puto e nem olhou para a câmera’. A gente tem que sair dando tchauzinho para a câmera agora, como assim? Tem que ficar dando de palhaço? Primeiro: não dá para entender porque o fotógrafo está lá. Segundo: você tem que ser simpático ‘até’ com o fotógrafo? ‘Oi, tudo bem?, obrigado por estar aqui, beijo para a mulher, para as crianças’. Não existe isso.

Você deixa de fazer alguma coisa por isso?

Já tive vários momentos com fotógrafo de plantão na frente de casa. Isso me incomoda pra caramba, mas vivo minha vida. Não gosto da superexposição, de ter todos os meus passos medidos. Você abre uma revista e está lá onde você foi. Parece aquela coisa de dar satisfação para a mãe, sabe? Você está com um amigo e tem que se justificar: ‘Olha, é ‘só’ amigo, tá? Não é namorada, não é nada’.

Fonte: Observatório de Imprensa
Link: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=438ASP004

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

A festa está chegando!

14/08/2008 - 16:23



Na segunda-feira (18), acontece a noite do 3° Prêmio Contigo! de Cinema Nacional, no Rio. São esperados atores, diretores, produtores e técnicos da cinematografia brasileira. Aqui, detalhes da festa e dos concorrentes a Melhor Fotografia e Trilha Sonora

Por Gisele Cassus, Márcia Pereira e Renata Telles

O 3º Prêmio Contigo! de Cinema, que será realizado no Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro, segunda-feira (18), vai homenagear o Cinema Novíssimo, tema inspirado nos 50 anos da bossa nova. O roteirista Fernando Salem, 47 anos, conta que os 350 convidados terão muitas surpresas. “A idéia é falar dos filmes que se destacaram de janeiro de 2007 a maio de 2008 e ao mesmo tempo relacionar o cinema ao importante movimento musical brasileiro”, conta Salem. A mineira Jussara Silveira, 48, promete emocionar o público cantando Cinema Novo, de Caetano Veloso e Gilberto Gil, Fotografia, de Tom Jobim, e Chega de Saudade, de Tom e Vinicius de Moraes.

O palco do 3º Prêmio Contigo! de Cinema ainda contará com a elegância de Debora Bloch, 45, que apresentará a festa. “Ela tem um humor chique, sabe fazer as piadas na hora certa. Tenho certeza de que os convidados darão boas gargalhadas”, diz Fernando. A decoração será em tons de vermelho e rosa. Haverá ainda uma exposição com fotos das atrizes concorrentes, com enfoque no visual de suas personagens, e, durante a premiação, o autor do vídeo vencedor do concurso cultural Você Estrela de Cinema também receberá um troféu.

O DJ Cobra comandará o som e tocará, claro, muita bossa nova. A chef Monique Benoliel, 45, criou um menu especial. No jantar, picadinho de filé mignon com banana-da-terra, chutney de tamarindo, purê de mandioquinha e arroz de castanhas, entre outros pratos.

Fonte: Contigo

Link: http://contigo.abril.uol.com.br/premio/cinema/fwa/102512_comentarios_cinema2008.shtml

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Políticos e famosos se aliam contra paparazzi em Los Angeles

02/08/2008

Autoridades e famosos querem cercear em Los Angeles as atividades dos paparazzi, que são acusados de ser um perigo público, escapar das leis e atuar com agressividade para conseguir uma foto exclusiva.

A indústria de Hollywood, as gravadoras, a combinação de verão e belas praias transformaram o condado de Los Angeles em residência de inumeráveis celebridades do show business, mas também dos fotógrafos que as perseguem.
Uma situação que para um grupo de políticos, liderados pelo vereador Dennis P. Zine, está fora de controle.

O vereador convocou ontem uma reunião de autoridades de Beverly Hills, Malibu e Hollywood, entre outras que, junto com vários artistas, analisaram as possíveis medidas a serem tomadas para acabar com o "livre arbítrio" dos caçadores de fotos.

"O encontro foi muito produtivo e serviu para reunir muitas idéias que agora temos que examinar antes de dar o passo seguinte", explicou Zine.

"O que ficou evidente hoje é que existe um problema, agora é necessário ver se a solução seria regulamentar este trabalhado ou endurecer as leis(...) o que está claro é que os famosos têm direito de viver como as outras pessoas", afirmou o político.

Para Zine, os paparazzi usam táticas "implacáveis" e se transformaram em um perigo para os cidadãos, uma inquietação que é compartilhada por muitos famosos.

"Ontem falei com Sharon Stone e ela me disse que estava preocupada com sua segurança e de sua família", disse Zine que no início de 2008 já apresentou uma proposta para criar uma "zona de segurança" entre os fotógrafos e aqueles que são fotografados por eles.

O cantor John Mayer, um dos artistas presentes na reunião, relatou seu caso pessoal e explicou que muitas vezes durante a noite foi perseguido por carros sem placa que nem sequer param nos sinais.

As queixas de celebridades e moradores se multiplicaram nos últimos meses.
Nesta mesma semana, a atriz ganhadora de um Oscar Halle Berry anunciou um processo contra vários fotógrafos por invadir sua propriedade privada para obter uma imagem de seu bebê.

No final de junho, um grupo de surfistas esteve envolvido em uma briga com vários paparazzi em uma praia de Malibu, incomodados pela presença dos fotógrafos que tentavam tirar fotos do ator Matthew McConaughey enquanto ele estava no mar.

Sem dúvida, uma das protagonistas deste ano do assédio dos paparazzi foi Britney Spears, cujo comportamento que terminou com sua ida a uma ala psiquiátrica de um hospital de Los Angeles atraiu maciçamente os fotógrafos.
A Polícia chegou a escoltar a cantora para conseguir que ela fosse de sua casa ao centro médico sem incidentes, o que teve um custo elevado para os cofres municipais.

As facilidades oferecidas pelas novas tecnologias e a proliferação de informação pela internet aumentaram a presença nas ruas destes fotógrafos especialistas em vidas privadas, cuja condição de freelancer vincula sua renda à quantidade e a qualidade das fotografias de famosos conseguidas.
A prefeita de Malibu, Pamela Conley Ulrich, reiterou a necessidade de impor limites a esses fotógrafos o que já foi solicitado em nome de sua Prefeitura pela assessoria legal do advogado Kenneth Starr, responsável pela investigação da relação de Bill Clinton e Monica Lewinsky.

Quem decidiu ficar à margem desta iniciativa foi o chefe de Polícia de Los Angeles, William J. Bratton, que chamou a reunião de "perda de tempo" e argumentou que as leis atuais são suficientes para preservar a segurança de todos os residentes.

Bratton disse que a atividade dos paparazzi tinha diminuído depois que Spears começou a se comportar normalmente e que Paris Hilton se mudou da cidade.

Zine, no entanto, criticou a postura de Bratton e ponderou que embora existam leis, estas "não estão funcionando corretamente".

Fonte: Folha On-line
Link: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u428915.shtml

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Paulo Múmia

Sobre o Paulo Múmia, copiei o perfil dele no site www.olhares.com/PauloMumia:

"Fotógrafo e Museólogo. Comecei na fotografia exercendo a velha e boa função de assistente fotográfico, que aliais ainda o sou, comparado aos fotografos que me iniciaram nessa profissão. Pois bem, Já Trabalhei em alguns Museus do Rio de Janeiro onde me abriram muito os olhos para fotografias antropológicas, e que me fizeram crescer muito já que minha área de preferência é fotografia documental.Hoje trabalho como fotografo freelance para algumas editorias de revista e jornal"

Só não consegui achar uma forma de contato, sem a necessidade de login.

Abraços,

Por Rafael Melo

Quanto vale o clique?

Esta reporgagem é de 26/07/2007, mas é bem interessante. Que tal procurarmos pelo Múmia?

MARIANA FILGUEIRAS

A Preta Gil pagando calcinha não vale nem R$ 300. De namorado novo? Ok, trezentinhos paga. Se for namorado mesmo, porque bitoca no Circo Voador não vende revista mais não. A Carolina Ferraz carregando sacolas no Fashion Mall, por sua vez, vale mais do que mil palavras – com sorte, mil reais. A bela não dá mole nunca, é celebridade rara no mundo dos humanos. Mas foi comer um macarrão com o ex da Marília Gabriela... e passou a valer o dobro. E a Deborah Secco, limpando o prato da Adriane Galisteu no Leblon? De R$ 2 mil a R$ 4 mil, dependendo do tamanho do biquíni. A foto da rainha do "amor eterno, amor verdadeiro" (tatuagem escondida com pancake no pé esquerdo depois do fim do namoro com o Falcão, do Rappa) na praia aos amores com o jogador Roger valeu um mês de salário para o fotógrafo Fernando Azevedo.


– Casal novo é a situação que mais vale. Mesmo se não for muito famoso. Só de ser jogador de futebol, por exemplo, já vale mais – avalia o paparazzi. – Traição então, é o Oscar dos fotógrafos. Mas se estiver na novela das oito, também vale bastante. Malu Mader, por exemplo, é uma atriz que sempre vende.

No ranking das celebridades, ex-Big Brother não vale quase nada. Para não dizer "nada", rende uns R$ 50 - mesmo assim, o famoso-quem? tem de ser da última temporada do reality show. Na dúvida, é mais rentável para o fotógrafo ficar em casa estudando nas revistas de fofoca quem está com quem para não comer mosca.Athina, a foto de 9 mil euros

ATHINA. A herdeira que vale ouro

Nas ruas, vale mais quem tem mais: a lógica natural do mercado. A bilionária Athina Onassis já rendeu 9 mil euros ao fotógrafo Cassiano de Souza, da revista Cara. Trinta anos de idade, 11 de profissão, ele passou um dia inteiro perseguindo a bela herdeira em carros disfarçados, alugando limusines para despistar seguranças, na última vez em que ela veio ao Brasil. Como ele, pelo menos outros 30 fotógrafos, inclusive de agências internacionais, disputaram um ângulo qualquer da mulher mais rica do mundo.

Depois de pagar R$ 100 reais pela informação (em algumas boates luxuosas de São Paulo, seguranças cobram R$ 1 mil por mês para alimentar os paparazzis de notícias), Cassiano soube que Athina chegaria por volta de 1h à boate Disco, em São Paulo. Dependurado numa árvore nos fundos da boate por mais de duas horas, o paparazzi flagrou, sozinho, a bilionária chegando.

A foto não teria rendido tanto se, no zoom, o paparazzi não tivesse captado uma mancha roxa no braço da herdeira de Onassis: o hematoma, provocado por alguma injeção, confirmava o boato plantado dias antes na imprensa européia de que Athina estaria fazendo tratamentos radicais para emagrecer.

– Vendi a foto para o mundo inteiro – comemora o fotógrafo, lembrando que ficar horas escondido em árvores foi "mole". – Na Vila Madalena, já fiquei disfarçado por três de mendigo, com um bando deles, à noite e no frio.

Fotógrafo foi espancado na Bahia

A gincana tinha de ser meticulosamente preparada: o objeto da fofoca era ninguém menos do que o ator Fábio Assunção, tido como nível de dificuldade máximo entre os globais e apenas comparado a Eduardo Moscovis e Victor Fasano na categoria agressividade.

Cassiano comprou as roupas de um mendigo e adaptou a máquina dentro de uma lata. O esforço valeu a pena: em menos de um minuto, registrou o mocinho entrando no carro (!). A grande notícia da foto era que o galã, então recém-separado da mulher Priscila Bornogovi, aparecia pela primeira vez com a hoje oficial Karina Tavares. A foto lhe rendeu R$ 2 mil, o preço de uma "capa-flagra-básica".

Atrás de tantos êxitos, no entanto, Cassiano lembra a pior situação por que passou em busca de uma foto, em dezembro de 2004. Ao saber por um amigo-de-amigo-de-amigo que um esquema seria montado para garantir a privacidade de Luma de Oliveira em um resort de Itacaré (BA), o Txai, (depois apelidado de "resort da tortura" pelos profissionais das ruas), alugou um bangalô e pegou o primeiro avião para a Bahia. Acordou no paraíso bem cedo, estudou a geografia local e se posicionou num morro próximo. Do alto, fez toda sorte de flagrantes da bela. Que, claro, não estava sozinha. Acompanhada do policial civil Sigmar de Almeida, da Coordenadoria de Recursos Especiais do Rio de Janeiro (Core), garantiu material suficiente para uma edição especial sobre o amor e uma cabana, se fosse preciso.

No dia seguinte, Cassiano foi levado a uma sala do resort, onde tomou uma surra de dois funcionários na frente do policial. O equipamento, avaliado em R$ 20 mil, foi apreendido pela direção do resort, e o profissional foi expulso. Cassiano deu queixa, e o processo corre até hoje. O laudo do exame de corpo delito, assinado pelo médico Mauro Pereira, mostra que ele sofreu hematomas na região nasal, escoriações e hemorragia na face.

– A sorte foi que a revista me protegeu o tempo inteiro – pondera.Para evitar este tipo de problema, os paparazzi estabeleceram um código de ética. Para Fernando Azevedo, não vale fotografar celebridade usando droga.– Sei que ninguém publicaria esse material e me arriscaria demais para nada – entrega.

Múmia, o paparazzo celebridade

O fotógrafo Paulo Múmia – o apelido veio depois que ele largou a carreira de museólogo para dedicar-se à fotografia – não acha certo invadir a casa dos outros, mas admite que já fez.

– Pelo mato e até pelo mar – revela, lembrando como quase se afogou em Angra dos Reis em busca de um flagra no último réveillon. (Detalhe técnico: se colocada dentro de dois sacos plásticos, bem amarrados e com ar, com as lentes protegidas por camisinhas sem lubrificante, as câmeras atravessam até o Oceano Atlântico, garantem os fotógrafos.)

Mas o que Múmia incluiria mesmo no código de ética é uma situação, segundo ele, comum nas noites cariocas.– Preta Gil pagando calcinha. É triste, e como diz o ditado: "Que a morte me seja menos dolorosa!" – diverte-se.

Com cabeleira e barba que fazem lembrar a figura de Jesus, Múmia, dono de uma vasta rede de informantes que vão de vendedores de picolé a garçons, é o mais "celebridade" entre os paparazzi. Ele ficou famoso depois de uma destacada aparição no programa Pânico na TV.

Cansados de esperar pelos pombinhos Camila Rodrigues (quem?) e Bruno Gagliasso, a dupla Vesgo e Sílvio pegou Múmia para Cristo. Literalmente.

- Mas quem dá dinheiro mesmo Angélica e Luciano Huck, Xuxa e a filha, Malu Mader e Carolina Ferraz. O resto só paga conta - resume.

Fonte: Palma Louca
Link:
http://www.palmalouca.com/reportagem/reportagem.jsp?id_reportagem=219

Por Rafael Melo

O direito autoral do Paparazzo ( Lei )


1. Introdução

Este artigo analisa, se o fotografo, que tira fotos de pessoas, sem sua anuência, adquire os direitos autorais sobre estas fotos.

O tema é intrigante porque existe um ramo profissional, os paparazzi, que vivem do "desrespeito" à imagem e a intimidade dos outros. Tiram fotos, sem autorização e as vendem para revistas e jornais.

Pretende-se mostra, que estes invasores à intimidade alheia, não adquirem direitos autorais sobre estes fotos.

2. Fotografar alguém sem autorização é ato ilícito

A CRFB/88 garante o direito à personalidade. Assim, este direito é uma limitação forte para os Direitos Autorais, porque se um fotógrafo tira uma foto sem anuência do retratado, ele viola, salvo exceções, os direitos de personalidade do retratado.


3. "Furto de imagem"

O ato de tirar fotos de pessoas sem sua devida autorização, pode ser entendido como ilícito penal, em especial furto, porque diante do Princípio do Direito à Imagem, a pessoa indevidamente fotografada, é a proprietária de sua Imagem e como não autorizou a foto, ela continua sendo a única dona da sua Imagem. Se tivesse autorizada a fotografia, teria feito uso de seu direito da Imagem, concedendo-o, de forma não exclusiva , a título gratuito ou oneroso. Se o fotógrafo a tira contra sua vontade, está furtando a Imagem. Embora o delito furto de Imagem parece pouco convencional, é abrangido pelo tipo previsto no Artigo 155 do Código Penal, porque coisa móvel não se restringe à coisa corpórea, até porque os próprios Direitos Autorais são considerados coisa móvel .


4. Furto não é só a subtração de um objeto

Mesmo não concordando, que a Imagem seja coisa móvel, ainda assim, aplicar-se-ia o § 3º do Artigo 155 do Código Penal, que prevê, que se equipara à coisa móvel qualquer outra que tenha valor econômico.

Que a Imagem de alguém tem valor econômico não pode ser negado. Os próprios paparazzi tiram justamente as fotos não autorizadas, para vendê-las. A pessoa retratada poderia cobrar para posar, portanto, as Imagens tem valor econômico e este valor foi subtraído da pessoa retratada.

O furto de Imagem pode ser equiparado, por analogia, com os, pela Jurisprudência reconhecidos, delitos "furto de sinal de televisão a cabo" e "furto de impulso telefônico" . Nestes casos não diminui o sinal pelo furto, a subtração se refere ao fato, que a empresa proprietária da televisão a cabo, ou a concessionária de serviços de telefonia poderiam ter vendido o sinal ou os pulsos, que pelo furto foram obtidos gratuitamente, e no caso da Imagem é o mesmo, embora o fotografado não perca energia vital ou força pela foto, ele poderia vender sua Imagem, que pelo furto foi obtida sem pagamento.

5. O Autor de uma foto tirada sem anuencia do fotografado não adquire direitos autorais

Este ilícito não pode gerar vantagens para o autor do fato. Portanto, ele não terá Direitos Autorais sobre as Imagens tiradas sem a devida autorização, pois é pacífico que o ladrão não se torna dono da coisa furtada e não adquire direitos sobre a coisa furtada.

Como o paparazzi pratica furto, ele não adquire direitos sobre a coisa furtada, que é a Imagem tirada indevidamente. Mas mesmo que se entenda, que a expressão "qualquer outra", na descrição do tipo, refere-se à energia, e não à "coisa móvel", e que, portanto, o furto de Imagens seja atípico, (o que significa que o furto de sinal de TV a cabo e de pulso telefônico também sejam atípicos), mesmo assim, tirar fotos de alguém sem autorização é ilícito civil e como tal também não gera direitos para o autor do fato.

O autor, portanto, não adquire Direitos Autorais, nem patrimoniais, nem morais. Como os Direitos Autorais morais são inalienáveis, o autor não os pode perder, mas como o paparazzi nunca obteve direitos com o ilícito ele nunca obteve os Direitos Autorais. Como ele não as teve, ele não as pode perder, devido ao ilícito .

Na prática isso significa que se um paparazzi, ou qualquer outra pessoa, fotografou sem a devida autorização outra pessoa, e vende esta foto para uma revista, e outra revista republica a foto sem consentimento da revista que comprou as Imagens do fotógrafo, esta revista não poderá ser demandada por infringir os Direitos Autorais, nem do fotógrafo, nem da primeira revista que comprou as fotos, porque o ilícito não gera direitos.

Mas a pessoa retratada indevidamente tem direito à indenização por uso indevido de Imagem, tanto na forma de dano material, como de dano moral, tanto por causa das fotos tiradas sem autorização, como por causa de cada publicação, e pode, portanto, demandar, tanto o fotógrafo, como qualquer editora que publicou as fotos.

6. O caso Angelica

Em 2004 a apresentadora Angélica foi fotografada, por um paparazzi, de topless numa praia pública . Este vendeu os fotos para a revista Contigo, que as publicou, depois as mesmas fotos foram publicadas pelo jornal O Dia. Nem o fotógrafo nem a Editora processaram o jornal O Dia. Não existe fundamento para tal processo. A foto foi tirada sem autorização, e portanto o fato de tirá-la é ilícito. Sendo assim, não gera direitos, assim não há Direitos Autorais sobre estas fotos.

Que as fotos foram tiradas em lugar público em nada altera os fatos. Mesmo sendo a foto tirada em lugar público, a intimidade do indivíduo foi invadida, porque se ele considera como espaço impenetrável sua Imagem, ninguém tem, diante desde Princípio, o direito de fotografá-lo. Portanto, mesmo admitindo que não haja invasão de privacidade, há sim invasão de intimidade.

Independente disso, o Direito à Imagem pertence à pessoa, se ela não quer ser fotografada, ninguém tem o direito de fazer, seja em lugar público ou privado. O fato de a Angélica autorizar a Globo a tirar fotos suas, não significa que ela tem obrigação de permitir que qualquer um o faça. Portanto, deve-se sempre presumir que tirar fotos de qualquer pessoa não seja algo autorizado. Se alguém quiser tirar uma foto de alguém tem que ter uma autorização por escrito . Sem autorização, o fotógrafo invade a intimidade do retratado, dono da sua Imagem e usa indevidamente sua Imagem. Ambos os atos são ilícitos que impedem a obtenção dos Direitos Autorais das fotos tiradas indevidamente.

Portanto, não há Direitos Autorais sobre Imagens tiradas sem autorização do retratado.

7. O direito à imagem prevalece

O fato de não existir Direito Autoral sobre a Imagem tirada indevidamente, não significa que seu uso seja liberado. Qualquer uso desta Imagem é uso indevido de Imagem que gera dano moral e material, mas só para o retratado .

Portanto, a parte ativa de uma demanda contra a editora que publicou a foto, sem autorização de outro jornal, ou site, é só a pessoa retratada. O fotógrafo ou a editora que adquiriu as fotos do fotógrafo não é parte legítima para demandar a editora que republicou as fotos, justamente porque o ilícito furto de Imagem não gera direitos sobre o objeto do furto, ou seja, no exemplo acima mostrado, para demandar "O Dia", nem o fotógrafo, nem a Editora Abril (Contigo) é parte legítima. Mas a Angélica sim.

Portanto, infere-se, que em caso de fotos tiradas sem autorização da pessoa retratada, o fotógrafo (paparazzi) não adquire nenhum direito sobre esta Imagem, não é titular dos Direitos Autorais, nem patrimoniais nem morais e, portanto, não pode esperar qualquer menção como autor da foto e não pode vender os Direitos Autorais patrimoniais.

8. Exceções

Porém existem exceções. Se o retratado está cometendo um ato ilícito, ele perde o Direito à Imagem enquanto o pratica, porque fotografando-lhe, ajuda esclarecer o crime. Assim uma pessoa que fotografa traficantes no ato da venda da droga, sem anuência delas, tem os Direitos Autorais sobre estas fotos e pode vendê-las à imprensa. O autor mantém os Direitos Autorais morais, e por exemplo, um jornal pode adquirir os Direitos Autorais patrimoniais. Se outra emissora ou jornal republica as Imagens sem anuência do titular dos Direitos Autorais patrimoniais, este tem o direito de lhe demandar, buscando indenização. Assim se o retratado, sem anuência, estiver praticando ato ilícito no momento no qual é fotografado, o fotógrafo adquire todos os Direitos Autorais sobre a foto.

Outra exceção é a pessoa pública. Se uma pessoa pública estiver no exercício de sua função pública, pode ser fotografada . Cabral ensina: "A divulgação de pessoas públicas é evidentemente livre, resalvando-se, tão somente sua intimidade ".

Com isso, Cabral confirma o até então exposto. Se a pessoa pública estiver no exercício de sua função pública, pode ser fotografada , se não, deve ser ressalvada sua intimidade e seu Direito à Imagem. Santos defende com mais vigor ainda, que a pessoa pública não pode ser fotografada, se não estiver no exercício de sua função:

Naturalmente se pergunta se um homem público ou uma vedete têm proteção tão rígidas quanto qualquer criatura. Têm, sem dúvida. A autorização é presumida com relação à sua vida pública ou profissional, mas de modo algum quando se trata de sua vida privada .

Assim, se alguém fotografa o Presidente da República fazendo uma declaração, o fotógrafo não precisa da anuência dele para adquirir os Direitos Autorais da foto, mas se ele tirar, sem anuência, uma foto do presidente relaxando na praia, não adquire Direitos Autorais.

9. Autorização tacita a posteriori

Se a pessoa retratada divulga a foto tirada sem sua autorização, entende-se que ela autorizou tacitamente a posteriori a fotografia. Portanto, há Direitos Autorais. Não seria justo se a pessoa retratada pudesse utilizar-se da obra alheia, em seu benefício, por exemplo, publicando uma foto sua, tirada sem sua autorização, na própria homepage sob alegação de que não seja protegida por Direitos Autorais. Porém a não-existência de Direitos Autorais se deve à presunção juris tantum, que infringiu o direito à intimidade e à Imagem do retratado. Mas se ele mesmo publica a foto tirada, provou-se que esta violação de intimidade e Direito à Imagem não lhe incomodou. Portanto, parece justo, prevalecer o direito do autor.

10. Conclusões finais

Diante do exposto conclui-se: se alguém for retratado sem sua anuência, em situações normais, o fotógrafo não adquire Direitos Autorais, salvo nos casos de pessoas públicas retratadas no exercício de sua função.

Caso a pessoa pública for fotografada sem sua anuência fora do âmbito profissional , o fotógrafo não adquire Direitos Autorais.

Se o retratado estiver cometendo ato ilícito, o fotógrafo adquire Direitos Autorais.

Caso o fotografado publique a foto tirada sem anuência, considera se autorizada a fotografia a posteriori e o fotógrafo adquire os Direitos Autorais.

REFERÊNCIAS DAS FONTES CITADAS

ABRÃO, Eliane Y. Direitos de autor e direitos conexos. São Paulo: Editora do Brasil, 2002.

CABRAL, Plínio. A nova lei de direitos autorais. 3. ed. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 1998.

CABRAL, Plínio. Direito autoral. São Paulo: Harbra, 2000.

DELMANTO, Celso et al. Código penal comentado. 6. ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2002.

MIRANDA, Pontes de. Tratado de direito privado. 2. ed. Atualizado por Vilson Rodrigues Alves. Campinas: Bookseller, 2001. Tomo XI. .

SANTOS, Newton Paulo Teixeira dos. A fotografia e o direito do autor. 2. ed. São Paulo: Leud, 1990.


EDGAR KÖHN: Advogado; Especialista em Direito e Organisações Publicas e Privadas e Mestre em Ciências Jurídicas pela Univali Itajaí/SC;Homepage: www.dulliusekohn.com.

Citações:A citação deste texto em trabalhos deve ser feita da seguinte forma:KÖHN, Edgar. O direito autoral do Paparazzi. Boletim Jurídico, Uberaba/MG, a. 3, nº 211. Disponível em: Acesso em Acesso em: 12 ago. 2008.

Fonte: Boletim Jurídico
Link: http://www.boletimjuridico.com.br/doutrina/texto.asp?id=1684