quarta-feira, 27 de agosto de 2008
1ª entrevistada - Fábia Dejavite
Agora vou contar como foi nossa primeira entrevista. Saímos de Campinas às 8:30 da manhã, e chegamos na Universidade Anhembi-Morumbi às 11 horas! Sim, a Marginal Tietê nos castigou de novo, sem contar que quase fomos parar em São Caetano, mas isso fica para a próxima.
Na Universidade entrevistamos a Fábia Dejavite, a jornalista especializada no "Infotenimento". Ela foi muito legal em nos esperar e respondeu as perguntas numa boa. As respostas foram ótimas, embora o tempo total de gravação tenha dado apenas 11 minutos. Abaixo estão algumas fotos da entrevista. Agora, a próxima etapa é entrevistar o Marcelo.
A saga
Para ajudar na composição do diário de bordo, vou relatar aqui no blog a nossa primeira empreitada na busca de fontes. Ontem (26/08) fomos até São Paulo fazer uma visita à dois lugares: a agência AFB Press, e a Universidade Anhembi-Morumbi.
Somente para contextualizar, o Marcelo Liso, nosso personagem principal do documentário, é o dono da agência, então ninguém melhor do que ele para falar sobre isso. De cara ele já nos recebeu com um ar totalmente descontraído, o que permitiu que nós conversássemos de modo totalmente informal. Com certeza ele será um grande "trunfo" do nosso projeto, uma vez que se declara paparazzi de peito aberto, e se dispôs a nos ajudar de todas as formas, o que já ajudará muito. A esposa dele, Fernanda, também foi super receptiva, e topou gravar a entrevista com a gente na boa. Ou seja, esse casal será nosso ponto fortíssimo na elaboração do projeto. Próximos contatos serão feitos com eles, e o projeto avançará mais.
Em seguida fomos até a Universidade Anhembi-Morumbi. Vale lembrar que penamos o tempo de 3 horas (isso mesmo!) para conseguir chegar na Universidade, incluindo fatores como trânsito, ausência de placas sinalizando as ruas e total desconhecimento de como se andar em São Paulo. Mas no final, chegamos, conhecemos e escolhemos o local de gravação.
Voltamos para a casa nos preparando para o dia seguinte.
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
É dada a largada!
Grande abraço a todos, e que esse projeto seja um sucesso!
terça-feira, 19 de agosto de 2008
Entrevista de Reynaldo Gianecchini para o Estadão
E de perseguição de fotógrafo?
Olha, esta cultura de paparazzi é gravíssima aqui no Rio. Outro dia estava vendo uma notinha sobre um colega: ‘Ele saiu do restaurante puto e nem olhou para a câmera’. A gente tem que sair dando tchauzinho para a câmera agora, como assim? Tem que ficar dando de palhaço? Primeiro: não dá para entender porque o fotógrafo está lá. Segundo: você tem que ser simpático ‘até’ com o fotógrafo? ‘Oi, tudo bem?, obrigado por estar aqui, beijo para a mulher, para as crianças’. Não existe isso.
Você deixa de fazer alguma coisa por isso?
Já tive vários momentos com fotógrafo de plantão na frente de casa. Isso me incomoda pra caramba, mas vivo minha vida. Não gosto da superexposição, de ter todos os meus passos medidos. Você abre uma revista e está lá onde você foi. Parece aquela coisa de dar satisfação para a mãe, sabe? Você está com um amigo e tem que se justificar: ‘Olha, é ‘só’ amigo, tá? Não é namorada, não é nada’.
Fonte: Observatório de Imprensa
Link: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=438ASP004
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
A festa está chegando!
14/08/2008 - 16:23 | ||
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Na segunda-feira (18), acontece a noite do 3° Prêmio Contigo! de Cinema Nacional, no Rio. São esperados atores, diretores, produtores e técnicos da cinematografia brasileira. Aqui, detalhes da festa e dos concorrentes a Melhor Fotografia e Trilha Sonora Fonte: Contigo Link: http://contigo.abril.uol.com.br/premio/cinema/fwa/102512_comentarios_cinema2008.shtml |
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
Políticos e famosos se aliam contra paparazzi em Los Angeles
Autoridades e famosos querem cercear em Los Angeles as atividades dos paparazzi, que são acusados de ser um perigo público, escapar das leis e atuar com agressividade para conseguir uma foto exclusiva.
A indústria de Hollywood, as gravadoras, a combinação de verão e belas praias transformaram o condado de Los Angeles em residência de inumeráveis celebridades do show business, mas também dos fotógrafos que as perseguem.
Uma situação que para um grupo de políticos, liderados pelo vereador Dennis P. Zine, está fora de controle.
O vereador convocou ontem uma reunião de autoridades de Beverly Hills, Malibu e Hollywood, entre outras que, junto com vários artistas, analisaram as possíveis medidas a serem tomadas para acabar com o "livre arbítrio" dos caçadores de fotos.
"O encontro foi muito produtivo e serviu para reunir muitas idéias que agora temos que examinar antes de dar o passo seguinte", explicou Zine.
"O que ficou evidente hoje é que existe um problema, agora é necessário ver se a solução seria regulamentar este trabalhado ou endurecer as leis(...) o que está claro é que os famosos têm direito de viver como as outras pessoas", afirmou o político.
Para Zine, os paparazzi usam táticas "implacáveis" e se transformaram em um perigo para os cidadãos, uma inquietação que é compartilhada por muitos famosos.
"Ontem falei com Sharon Stone e ela me disse que estava preocupada com sua segurança e de sua família", disse Zine que no início de 2008 já apresentou uma proposta para criar uma "zona de segurança" entre os fotógrafos e aqueles que são fotografados por eles.
O cantor John Mayer, um dos artistas presentes na reunião, relatou seu caso pessoal e explicou que muitas vezes durante a noite foi perseguido por carros sem placa que nem sequer param nos sinais.
As queixas de celebridades e moradores se multiplicaram nos últimos meses.
Nesta mesma semana, a atriz ganhadora de um Oscar Halle Berry anunciou um processo contra vários fotógrafos por invadir sua propriedade privada para obter uma imagem de seu bebê.
No final de junho, um grupo de surfistas esteve envolvido em uma briga com vários paparazzi em uma praia de Malibu, incomodados pela presença dos fotógrafos que tentavam tirar fotos do ator Matthew McConaughey enquanto ele estava no mar.
Sem dúvida, uma das protagonistas deste ano do assédio dos paparazzi foi Britney Spears, cujo comportamento que terminou com sua ida a uma ala psiquiátrica de um hospital de Los Angeles atraiu maciçamente os fotógrafos.
A Polícia chegou a escoltar a cantora para conseguir que ela fosse de sua casa ao centro médico sem incidentes, o que teve um custo elevado para os cofres municipais.
As facilidades oferecidas pelas novas tecnologias e a proliferação de informação pela internet aumentaram a presença nas ruas destes fotógrafos especialistas em vidas privadas, cuja condição de freelancer vincula sua renda à quantidade e a qualidade das fotografias de famosos conseguidas.
A prefeita de Malibu, Pamela Conley Ulrich, reiterou a necessidade de impor limites a esses fotógrafos o que já foi solicitado em nome de sua Prefeitura pela assessoria legal do advogado Kenneth Starr, responsável pela investigação da relação de Bill Clinton e Monica Lewinsky.
Quem decidiu ficar à margem desta iniciativa foi o chefe de Polícia de Los Angeles, William J. Bratton, que chamou a reunião de "perda de tempo" e argumentou que as leis atuais são suficientes para preservar a segurança de todos os residentes.
Bratton disse que a atividade dos paparazzi tinha diminuído depois que Spears começou a se comportar normalmente e que Paris Hilton se mudou da cidade.
Zine, no entanto, criticou a postura de Bratton e ponderou que embora existam leis, estas "não estão funcionando corretamente".
Fonte: Folha On-line
Link: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u428915.shtml
terça-feira, 12 de agosto de 2008
Paulo Múmia
"Fotógrafo e Museólogo. Comecei na fotografia exercendo a velha e boa função de assistente fotográfico, que aliais ainda o sou, comparado aos fotografos que me iniciaram nessa profissão. Pois bem, Já Trabalhei em alguns Museus do Rio de Janeiro onde me abriram muito os olhos para fotografias antropológicas, e que me fizeram crescer muito já que minha área de preferência é fotografia documental.Hoje trabalho como fotografo freelance para algumas editorias de revista e jornal"
Só não consegui achar uma forma de contato, sem a necessidade de login.
Abraços,
Por Rafael Melo
Quanto vale o clique?
MARIANA FILGUEIRAS
A Preta Gil pagando calcinha não vale nem R$ 300. De namorado novo? Ok, trezentinhos paga. Se for namorado mesmo, porque bitoca no Circo Voador não vende revista mais não. A Carolina Ferraz carregando sacolas no Fashion Mall, por sua vez, vale mais do que mil palavras – com sorte, mil reais. A bela não dá mole nunca, é celebridade rara no mundo dos humanos. Mas foi comer um macarrão com o ex da Marília Gabriela... e passou a valer o dobro. E a Deborah Secco, limpando o prato da Adriane Galisteu no Leblon? De R$ 2 mil a R$ 4 mil, dependendo do tamanho do biquíni. A foto da rainha do "amor eterno, amor verdadeiro" (tatuagem escondida com pancake no pé esquerdo depois do fim do namoro com o Falcão, do Rappa) na praia aos amores com o jogador Roger valeu um mês de salário para o fotógrafo Fernando Azevedo.
– Casal novo é a situação que mais vale. Mesmo se não for muito famoso. Só de ser jogador de futebol, por exemplo, já vale mais – avalia o paparazzi. – Traição então, é o Oscar dos fotógrafos. Mas se estiver na novela das oito, também vale bastante. Malu Mader, por exemplo, é uma atriz que sempre vende.
No ranking das celebridades, ex-Big Brother não vale quase nada. Para não dizer "nada", rende uns R$ 50 - mesmo assim, o famoso-quem? tem de ser da última temporada do reality show. Na dúvida, é mais rentável para o fotógrafo ficar em casa estudando nas revistas de fofoca quem está com quem para não comer mosca.Athina, a foto de 9 mil euros
ATHINA. A herdeira que vale ouro
Nas ruas, vale mais quem tem mais: a lógica natural do mercado. A bilionária Athina Onassis já rendeu 9 mil euros ao fotógrafo Cassiano de Souza, da revista Cara. Trinta anos de idade, 11 de profissão, ele passou um dia inteiro perseguindo a bela herdeira em carros disfarçados, alugando limusines para despistar seguranças, na última vez em que ela veio ao Brasil. Como ele, pelo menos outros 30 fotógrafos, inclusive de agências internacionais, disputaram um ângulo qualquer da mulher mais rica do mundo.
Depois de pagar R$ 100 reais pela informação (em algumas boates luxuosas de São Paulo, seguranças cobram R$ 1 mil por mês para alimentar os paparazzis de notícias), Cassiano soube que Athina chegaria por volta de 1h à boate Disco, em São Paulo. Dependurado numa árvore nos fundos da boate por mais de duas horas, o paparazzi flagrou, sozinho, a bilionária chegando.
A foto não teria rendido tanto se, no zoom, o paparazzi não tivesse captado uma mancha roxa no braço da herdeira de Onassis: o hematoma, provocado por alguma injeção, confirmava o boato plantado dias antes na imprensa européia de que Athina estaria fazendo tratamentos radicais para emagrecer.
– Vendi a foto para o mundo inteiro – comemora o fotógrafo, lembrando que ficar horas escondido em árvores foi "mole". – Na Vila Madalena, já fiquei disfarçado por três de mendigo, com um bando deles, à noite e no frio.
Fotógrafo foi espancado na Bahia
A gincana tinha de ser meticulosamente preparada: o objeto da fofoca era ninguém menos do que o ator Fábio Assunção, tido como nível de dificuldade máximo entre os globais e apenas comparado a Eduardo Moscovis e Victor Fasano na categoria agressividade.
Cassiano comprou as roupas de um mendigo e adaptou a máquina dentro de uma lata. O esforço valeu a pena: em menos de um minuto, registrou o mocinho entrando no carro (!). A grande notícia da foto era que o galã, então recém-separado da mulher Priscila Bornogovi, aparecia pela primeira vez com a hoje oficial Karina Tavares. A foto lhe rendeu R$ 2 mil, o preço de uma "capa-flagra-básica".
Atrás de tantos êxitos, no entanto, Cassiano lembra a pior situação por que passou em busca de uma foto, em dezembro de 2004. Ao saber por um amigo-de-amigo-de-amigo que um esquema seria montado para garantir a privacidade de Luma de Oliveira em um resort de Itacaré (BA), o Txai, (depois apelidado de "resort da tortura" pelos profissionais das ruas), alugou um bangalô e pegou o primeiro avião para a Bahia. Acordou no paraíso bem cedo, estudou a geografia local e se posicionou num morro próximo. Do alto, fez toda sorte de flagrantes da bela. Que, claro, não estava sozinha. Acompanhada do policial civil Sigmar de Almeida, da Coordenadoria de Recursos Especiais do Rio de Janeiro (Core), garantiu material suficiente para uma edição especial sobre o amor e uma cabana, se fosse preciso.
No dia seguinte, Cassiano foi levado a uma sala do resort, onde tomou uma surra de dois funcionários na frente do policial. O equipamento, avaliado em R$ 20 mil, foi apreendido pela direção do resort, e o profissional foi expulso. Cassiano deu queixa, e o processo corre até hoje. O laudo do exame de corpo delito, assinado pelo médico Mauro Pereira, mostra que ele sofreu hematomas na região nasal, escoriações e hemorragia na face.
– A sorte foi que a revista me protegeu o tempo inteiro – pondera.Para evitar este tipo de problema, os paparazzi estabeleceram um código de ética. Para Fernando Azevedo, não vale fotografar celebridade usando droga.– Sei que ninguém publicaria esse material e me arriscaria demais para nada – entrega.
Múmia, o paparazzo celebridade
O fotógrafo Paulo Múmia – o apelido veio depois que ele largou a carreira de museólogo para dedicar-se à fotografia – não acha certo invadir a casa dos outros, mas admite que já fez.
– Pelo mato e até pelo mar – revela, lembrando como quase se afogou em Angra dos Reis em busca de um flagra no último réveillon. (Detalhe técnico: se colocada dentro de dois sacos plásticos, bem amarrados e com ar, com as lentes protegidas por camisinhas sem lubrificante, as câmeras atravessam até o Oceano Atlântico, garantem os fotógrafos.)
Mas o que Múmia incluiria mesmo no código de ética é uma situação, segundo ele, comum nas noites cariocas.– Preta Gil pagando calcinha. É triste, e como diz o ditado: "Que a morte me seja menos dolorosa!" – diverte-se.
Com cabeleira e barba que fazem lembrar a figura de Jesus, Múmia, dono de uma vasta rede de informantes que vão de vendedores de picolé a garçons, é o mais "celebridade" entre os paparazzi. Ele ficou famoso depois de uma destacada aparição no programa Pânico na TV.
Cansados de esperar pelos pombinhos Camila Rodrigues (quem?) e Bruno Gagliasso, a dupla Vesgo e Sílvio pegou Múmia para Cristo. Literalmente.
- Mas quem dá dinheiro mesmo Angélica e Luciano Huck, Xuxa e a filha, Malu Mader e Carolina Ferraz. O resto só paga conta - resume.
Fonte: Palma Louca
Link: http://www.palmalouca.com/reportagem/reportagem.jsp?id_reportagem=219
Por Rafael Melo
O direito autoral do Paparazzo ( Lei )

Este artigo analisa, se o fotografo, que tira fotos de pessoas, sem sua anuência, adquire os direitos autorais sobre estas fotos.
O tema é intrigante porque existe um ramo profissional, os paparazzi, que vivem do "desrespeito" à imagem e a intimidade dos outros. Tiram fotos, sem autorização e as vendem para revistas e jornais.
Pretende-se mostra, que estes invasores à intimidade alheia, não adquirem direitos autorais sobre estes fotos.
2. Fotografar alguém sem autorização é ato ilícito
A CRFB/88 garante o direito à personalidade. Assim, este direito é uma limitação forte para os Direitos Autorais, porque se um fotógrafo tira uma foto sem anuência do retratado, ele viola, salvo exceções, os direitos de personalidade do retratado.
3. "Furto de imagem"
O ato de tirar fotos de pessoas sem sua devida autorização, pode ser entendido como ilícito penal, em especial furto, porque diante do Princípio do Direito à Imagem, a pessoa indevidamente fotografada, é a proprietária de sua Imagem e como não autorizou a foto, ela continua sendo a única dona da sua Imagem. Se tivesse autorizada a fotografia, teria feito uso de seu direito da Imagem, concedendo-o, de forma não exclusiva , a título gratuito ou oneroso. Se o fotógrafo a tira contra sua vontade, está furtando a Imagem. Embora o delito furto de Imagem parece pouco convencional, é abrangido pelo tipo previsto no Artigo 155 do Código Penal, porque coisa móvel não se restringe à coisa corpórea, até porque os próprios Direitos Autorais são considerados coisa móvel .
4. Furto não é só a subtração de um objeto
Mesmo não concordando, que a Imagem seja coisa móvel, ainda assim, aplicar-se-ia o § 3º do Artigo 155 do Código Penal, que prevê, que se equipara à coisa móvel qualquer outra que tenha valor econômico.
Que a Imagem de alguém tem valor econômico não pode ser negado. Os próprios paparazzi tiram justamente as fotos não autorizadas, para vendê-las. A pessoa retratada poderia cobrar para posar, portanto, as Imagens tem valor econômico e este valor foi subtraído da pessoa retratada.
O furto de Imagem pode ser equiparado, por analogia, com os, pela Jurisprudência reconhecidos, delitos "furto de sinal de televisão a cabo" e "furto de impulso telefônico" . Nestes casos não diminui o sinal pelo furto, a subtração se refere ao fato, que a empresa proprietária da televisão a cabo, ou a concessionária de serviços de telefonia poderiam ter vendido o sinal ou os pulsos, que pelo furto foram obtidos gratuitamente, e no caso da Imagem é o mesmo, embora o fotografado não perca energia vital ou força pela foto, ele poderia vender sua Imagem, que pelo furto foi obtida sem pagamento.
5. O Autor de uma foto tirada sem anuencia do fotografado não adquire direitos autorais
Este ilícito não pode gerar vantagens para o autor do fato. Portanto, ele não terá Direitos Autorais sobre as Imagens tiradas sem a devida autorização, pois é pacífico que o ladrão não se torna dono da coisa furtada e não adquire direitos sobre a coisa furtada.
Como o paparazzi pratica furto, ele não adquire direitos sobre a coisa furtada, que é a Imagem tirada indevidamente. Mas mesmo que se entenda, que a expressão "qualquer outra", na descrição do tipo, refere-se à energia, e não à "coisa móvel", e que, portanto, o furto de Imagens seja atípico, (o que significa que o furto de sinal de TV a cabo e de pulso telefônico também sejam atípicos), mesmo assim, tirar fotos de alguém sem autorização é ilícito civil e como tal também não gera direitos para o autor do fato.
O autor, portanto, não adquire Direitos Autorais, nem patrimoniais, nem morais. Como os Direitos Autorais morais são inalienáveis, o autor não os pode perder, mas como o paparazzi nunca obteve direitos com o ilícito ele nunca obteve os Direitos Autorais. Como ele não as teve, ele não as pode perder, devido ao ilícito .
Na prática isso significa que se um paparazzi, ou qualquer outra pessoa, fotografou sem a devida autorização outra pessoa, e vende esta foto para uma revista, e outra revista republica a foto sem consentimento da revista que comprou as Imagens do fotógrafo, esta revista não poderá ser demandada por infringir os Direitos Autorais, nem do fotógrafo, nem da primeira revista que comprou as fotos, porque o ilícito não gera direitos.
Mas a pessoa retratada indevidamente tem direito à indenização por uso indevido de Imagem, tanto na forma de dano material, como de dano moral, tanto por causa das fotos tiradas sem autorização, como por causa de cada publicação, e pode, portanto, demandar, tanto o fotógrafo, como qualquer editora que publicou as fotos.
6. O caso Angelica
Em 2004 a apresentadora Angélica foi fotografada, por um paparazzi, de topless numa praia pública . Este vendeu os fotos para a revista Contigo, que as publicou, depois as mesmas fotos foram publicadas pelo jornal O Dia. Nem o fotógrafo nem a Editora processaram o jornal O Dia. Não existe fundamento para tal processo. A foto foi tirada sem autorização, e portanto o fato de tirá-la é ilícito. Sendo assim, não gera direitos, assim não há Direitos Autorais sobre estas fotos.
Que as fotos foram tiradas em lugar público em nada altera os fatos. Mesmo sendo a foto tirada em lugar público, a intimidade do indivíduo foi invadida, porque se ele considera como espaço impenetrável sua Imagem, ninguém tem, diante desde Princípio, o direito de fotografá-lo. Portanto, mesmo admitindo que não haja invasão de privacidade, há sim invasão de intimidade.
Independente disso, o Direito à Imagem pertence à pessoa, se ela não quer ser fotografada, ninguém tem o direito de fazer, seja em lugar público ou privado. O fato de a Angélica autorizar a Globo a tirar fotos suas, não significa que ela tem obrigação de permitir que qualquer um o faça. Portanto, deve-se sempre presumir que tirar fotos de qualquer pessoa não seja algo autorizado. Se alguém quiser tirar uma foto de alguém tem que ter uma autorização por escrito . Sem autorização, o fotógrafo invade a intimidade do retratado, dono da sua Imagem e usa indevidamente sua Imagem. Ambos os atos são ilícitos que impedem a obtenção dos Direitos Autorais das fotos tiradas indevidamente.
Portanto, não há Direitos Autorais sobre Imagens tiradas sem autorização do retratado.
7. O direito à imagem prevalece
O fato de não existir Direito Autoral sobre a Imagem tirada indevidamente, não significa que seu uso seja liberado. Qualquer uso desta Imagem é uso indevido de Imagem que gera dano moral e material, mas só para o retratado .
Portanto, a parte ativa de uma demanda contra a editora que publicou a foto, sem autorização de outro jornal, ou site, é só a pessoa retratada. O fotógrafo ou a editora que adquiriu as fotos do fotógrafo não é parte legítima para demandar a editora que republicou as fotos, justamente porque o ilícito furto de Imagem não gera direitos sobre o objeto do furto, ou seja, no exemplo acima mostrado, para demandar "O Dia", nem o fotógrafo, nem a Editora Abril (Contigo) é parte legítima. Mas a Angélica sim.
Portanto, infere-se, que em caso de fotos tiradas sem autorização da pessoa retratada, o fotógrafo (paparazzi) não adquire nenhum direito sobre esta Imagem, não é titular dos Direitos Autorais, nem patrimoniais nem morais e, portanto, não pode esperar qualquer menção como autor da foto e não pode vender os Direitos Autorais patrimoniais.
8. Exceções
Porém existem exceções. Se o retratado está cometendo um ato ilícito, ele perde o Direito à Imagem enquanto o pratica, porque fotografando-lhe, ajuda esclarecer o crime. Assim uma pessoa que fotografa traficantes no ato da venda da droga, sem anuência delas, tem os Direitos Autorais sobre estas fotos e pode vendê-las à imprensa. O autor mantém os Direitos Autorais morais, e por exemplo, um jornal pode adquirir os Direitos Autorais patrimoniais. Se outra emissora ou jornal republica as Imagens sem anuência do titular dos Direitos Autorais patrimoniais, este tem o direito de lhe demandar, buscando indenização. Assim se o retratado, sem anuência, estiver praticando ato ilícito no momento no qual é fotografado, o fotógrafo adquire todos os Direitos Autorais sobre a foto.
Outra exceção é a pessoa pública. Se uma pessoa pública estiver no exercício de sua função pública, pode ser fotografada . Cabral ensina: "A divulgação de pessoas públicas é evidentemente livre, resalvando-se, tão somente sua intimidade ".
Com isso, Cabral confirma o até então exposto. Se a pessoa pública estiver no exercício de sua função pública, pode ser fotografada , se não, deve ser ressalvada sua intimidade e seu Direito à Imagem. Santos defende com mais vigor ainda, que a pessoa pública não pode ser fotografada, se não estiver no exercício de sua função:
Naturalmente se pergunta se um homem público ou uma vedete têm proteção tão rígidas quanto qualquer criatura. Têm, sem dúvida. A autorização é presumida com relação à sua vida pública ou profissional, mas de modo algum quando se trata de sua vida privada .
Assim, se alguém fotografa o Presidente da República fazendo uma declaração, o fotógrafo não precisa da anuência dele para adquirir os Direitos Autorais da foto, mas se ele tirar, sem anuência, uma foto do presidente relaxando na praia, não adquire Direitos Autorais.
9. Autorização tacita a posteriori
Se a pessoa retratada divulga a foto tirada sem sua autorização, entende-se que ela autorizou tacitamente a posteriori a fotografia. Portanto, há Direitos Autorais. Não seria justo se a pessoa retratada pudesse utilizar-se da obra alheia, em seu benefício, por exemplo, publicando uma foto sua, tirada sem sua autorização, na própria homepage sob alegação de que não seja protegida por Direitos Autorais. Porém a não-existência de Direitos Autorais se deve à presunção juris tantum, que infringiu o direito à intimidade e à Imagem do retratado. Mas se ele mesmo publica a foto tirada, provou-se que esta violação de intimidade e Direito à Imagem não lhe incomodou. Portanto, parece justo, prevalecer o direito do autor.
10. Conclusões finais
Diante do exposto conclui-se: se alguém for retratado sem sua anuência, em situações normais, o fotógrafo não adquire Direitos Autorais, salvo nos casos de pessoas públicas retratadas no exercício de sua função.
Caso a pessoa pública for fotografada sem sua anuência fora do âmbito profissional , o fotógrafo não adquire Direitos Autorais.
Se o retratado estiver cometendo ato ilícito, o fotógrafo adquire Direitos Autorais.
Caso o fotografado publique a foto tirada sem anuência, considera se autorizada a fotografia a posteriori e o fotógrafo adquire os Direitos Autorais.
REFERÊNCIAS DAS FONTES CITADAS
ABRÃO, Eliane Y. Direitos de autor e direitos conexos. São Paulo: Editora do Brasil, 2002.
CABRAL, Plínio. A nova lei de direitos autorais. 3. ed. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 1998.
CABRAL, Plínio. Direito autoral. São Paulo: Harbra, 2000.
DELMANTO, Celso et al. Código penal comentado. 6. ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2002.
MIRANDA, Pontes de. Tratado de direito privado. 2. ed. Atualizado por Vilson Rodrigues Alves. Campinas: Bookseller, 2001. Tomo XI. .
SANTOS, Newton Paulo Teixeira dos. A fotografia e o direito do autor. 2. ed. São Paulo: Leud, 1990.
Citações:A citação deste texto em trabalhos deve ser feita da seguinte forma:KÖHN, Edgar. O direito autoral do Paparazzi. Boletim Jurídico, Uberaba/MG, a. 3, nº 211. Disponível em:
Fonte: Boletim Jurídico
Link: http://www.boletimjuridico.com.br/doutrina/texto.asp?id=1684
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
Nova agência
AgNews - www.agnews.com.br
Fotos da AgNews - http://celebridades.uol.com.br/fotos/
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
Tópicos e funções
Como a reunião de hoje não rolou devido aos compromissos de vocês, redigi aqui uma espécie de "ata", sobre o que precisa ser definido com urgência. A nossa próxima reunião será na 2ª feira, e precisamos saber disso. Aliás, sugiro novamente que nossa reunião de hoje seja transferida para segunda, nos mesmos moldes. Bom, os tópicos a seguir estão totalmente abertos para discussão, e peço que vocês se manifestem, para agilizar a reunião de 2ª feira. Vejam aí:
- Foco do trabalho
Na última reunião com a Ana Paula, ficamos de decidir entre os 2 focos que propomos. São eles:
A vida dos paparazzo por eles mesmos - Entrevistaríamos os paparazzo, mostraríamos suas casas e famílias, porém teríamos somente eles como fontes mostradas no documentário;
Os paparazzo e o jornalismo - Mostraríamos os paparazzo discorrendo sobre seus ofícios, e então entrevistaríamos outras pessoas relacionadas (celebridades, jornalistas e editores) que mostrariam seus respectivos pontos de vista sobre esta profissão.
Este tópico eu gostaria de discutir pessoalmente com vocês, na segunda-feira. Aí então falaríamos com a Ana Paula.
Bibliografia
Devemos procurar os professores COM URGÊNCIA para obtermos mais livros que comporão a bibliografia. Na última reunião, ficamos de procurar o Cheida (Ética) e sobre documentários (Ana Paula).
Vou tentar entrar em contato com esses dois professores, para já eliminar esses itens.
Fichamentos
Devemos também levar todos os fichamentos prontos na 2ª feira, exceto o Henrique, que está em produção. Quem ainda não terminou, agilizar ao máximo, pois precisaremos ler mais livros, e precisamos estar "livres".
Modo de gravação
Cronograma
Este item eu me encarrego de fazer, já que tenho algumas dúvidas que deverei solucionar com a Ana.
Data de visita à AFB
Rafa, você tem a missão de retornar ao Marcelo quanto antes e marcar nossa visita para a semana que vem, se possível na 4ª feira. Pessoal, já vamos nos programar para que se possível, todo o grupo vá. O texto do e-mail já está pronto, pode mandá-lo também.
Celebridades a serem fotografadas
Precisamos definir o quanto antes os "famosos" que entrevistaremos. Para isso precisamos saber também quem são as mais perseguidas. A lista abaixo é uma prévia, e óbvio que não entrevistaremos todos. Caso vocês saibam de mais alguém, acrecentem aí!
- Reynaldo Gianeccini
- Sergio Marone
- Luana Piovani
- Sandy
- Natália Guimarães
- Thiago Rodrigues
- Dado Dolabella
- Thaís Araújo
- Daniela Cicarelli
André, você tem a missão de entrar nos sites das revistas Contigo!, Caras e Quem, além do site EGO para dar uma geral e ver quem além dessas pessoas também aparecem com frequência.
Compra de livros
Até agora este é um item sem solução. Precisamos urgente verificar a compra dos livros internacionais!
Funções individuais
Esse item é para informar ou relembrar cada um das funções a serem executadas individualmente. Quem tiver alguma dificuldade, sinalize imediatamente, para não perdemos tempo.
André
Entrar em contato com os editores das revistas e com o site EGO. O Vitor conseguiu o telefone da central de atendimento da Globo, então deixe o contato com o site para depois, pois te explicarei certinho como fazer. Não se esqueça também de procurar as celebridades, conforme dito acima.
Rafa
Entrar em contato com o Marcos Serra Lima, com quem ainda não falamos nada. Acredito que com ele será mais rápido de se obter uma resposta, pois é um contato direto. Também retornar ao Marcelo e solicitar a visita.
Vitor
Procurar o quanto antes o contato com as celebridades. Aquelas que já estão próximas serão mais fáceis. Eu te ajudarei nessa função. E não se esqueça de urgentemente falar com a Cajú para saber da compra dos livros internacionais.
Marcus
Fazer o cronograma e obter a bibliografia com os professores, além de ajduar o Vitor e o André em seus respectivos contatos.
Henrique
Terminar o quanto antes o fichamento do livro Paparazzi, pois para o relatório de setembro ele terá um peso fundamental na elaboração. Também entrar fazer contato para saber sobre as gravações.
domingo, 3 de agosto de 2008
O show tá começando!
Novidades quentíssimas sobre o nosso projeto. Agosto chegou, e com ele nós começamos a dar os primeiros passos para a execução do projeto.
Na última reunião, realizada na casa do Rafa no dia 29/07, discutimos alguns pontos importantes do trabalho. Foram eles:
- A jornalista Fábia Dejavite aceitou conceder uma entrevista sobre o "jornalismo de entretenimento", recorte jornalístico do nosso trabalho;
- O fotógrafo Ernani D'Almeida aceitou conceder uma entrevista pro grupo, e dar sua opinião sobre os paparazzis;
- Marcelo Liso, da agência AFB também topou gravar a entrevista e nos receber em sua agência;
- Os fichamentos dos livros estão todos ok, em fase de finalização;
- O Vitor ficou responsável por entrar em contato com a Cajú e fazer uma cotação de preços da compra dos 2 livros importados (Diário de un Paparazzi e Tazzio Sechiarolli), assim como conseguir contato com o site EGO;
- O André ficou responsável por contactar as publicações já selecionadas;
- O Rafa ficou responsável por contactar o fotógrafo Marcos Serra Lima;
- Para a visita na AFB (programada para a semana do dia 11/08), todos devem elaborar "questões" de acordo com as "frentes" que estão pesquisando;
Bem, continuando com as novidades, temos mais uma. Confirmado com a professora Ana Paula, as nossas orientações ocorrerão na segunda-feira, no segundo horário, que se inicia às 21 hrs. Amanhã (04/08) será a nossa primeira reunião.
E por fim segue a capa do nosso arquivo, que tem caráter meramente ilustrativo, e servirá apenas para ajudar na nossa organização.

Bom, é isso então pessoal.
Até amanhã.